A queda do consórcio viral da conspiração golpista

 Era domingo 12 quando o Fantástico disparou seu último morteiro envenenado destinado a por à pique as eleições presidenciais de 2018, desconstituindo um veredicto dado pela soberania do voto popular dos brasileiros.

Ali também findava, por erro de pontaria e de estratégia, um consórcio bélico formado pela Rede Gobo, Rodrigo Maia, Alcolumbre, DEM, STF, Dória, PT e lulopetistas (esquerdistas convergentes), todos surfando na onda do Covid 19.

A entrevista de Mandetta, o astro maquiado que a Globo corrompeu para sustentar suas teses natimortas de quarentena sem saída, seria o fim do governo, decretado por um grito de insurreição do ministro mais popular e pelo pavor do povo.

Mandetta, que encandeado pelos holofotes da Globo ressurgente amou- a mais do que ao país, falou mais como primeiro-ministro
de um governo paralelo do que como subordinado de um presidente de república.

Caindo na armadilha da deslealdade e da insubordinação, Mandetta feriu o senso comum e amanheceu na segunda 13 em desgraça perante a nação. Nessas horas, o bolsonarismo põe a vela e encomenda o corpo.

O tiro da Globo saiu pela culatra e explodiu no colo da conspiração, na hora em que o Covid no mundo desmanchava também as verdades contraditórias de uma ciência atônita.

O DEM, que é ao mesmo tempo governo e contra o governo (tem vários ministros no governo, fomenta o governo paralelo de Maia e cobiçava fazer de Mandetta um futuro presidente), preferiu acovardar-se que reagir.

Diante dos episódios desses últimos dias, o bolsonarismo tomou conta do país, dos poderes e dos líderes, fazendo valer sua legitimidade eleitoral e sua autoridade de movimento político orgânico.

É o bolsonarismo, e não Bolsonaro , que está vencendo a resistência golpista do consórcio viral. O país está precisando de líderes para resolver e não para aumentar as crises, e cada dia mais parece que o presidente não governa nem mesmo sua língua nem a ignorância de seus filhos.

Mas, talvez, Bolsonaro nem precise se corrigir muito para convencer seus opositores e desafetos, a medir pelo conteúdo dos argumentos e razões arguidos contra ele e seu exército politico-eleitoral.

Nunca um embate político foi tão pobre de ideias contrapostas e tão fértil de impropério trocados; é como se a inconformação
eleitoral tivesse abolido a razão e a verdade como elementos da cultura do povo.

O jogo vem sendo bruto e continuará a sê-lo. O bolsonarismo , a essas alturas, esmaga a oposição e protege e adora seu bezerro de ouro como troféu conquistado nas eleições de 2018. Direito seu.

A Globo bate em retirada em pleno campo de batalha, acossada, além do mais, pelo fim gradual do isolamento. Maia põe seu pescoço de espiral giratória à forca do centrão , que negocia a própria sobrevivência.

O PT e o lulopetismo escondem Lula de mais um fracasso acachapante e fogem de uma aliança golpista heterogênia e indecente que objetivava tomar o poder pela trama e não pelo voto.

A esquerda comunista , que não serve para nada a não ser para rotular de direita os que estão do outro lado do balcão, esta vai continuar lotando ao menos dois vagões de trem, sem estação de partida e de chegada.

O STF continuará atuando contra o povo mas temente à reação popular – indo e voltando – ainda pondo as togas de molho diante do olhar carrancudo de setores militares que sustentam o governo.

Em suma, o bolsonarismo como corrente de ação política dominante, permanentemente mobilizada por poderosas redes sociais ,não apenas esmaga seus adversários, mas controla o ambiente político e impõe Bolsonaro como o filho das urnas. Até que Bolsonaro aprenda. Ou largue.

Gilvan Freire.