Atualmente, a liderança do governo no Congresso é ocupada por Randolfe Rodrigues (PT-AP), enquanto José Guimarães (PT-CE) lidera na Câmara e Jaques Wagner (PT-BA), no Senado. Esse tripé petista, somado à presença do partido em todos os ministérios do Palácio do Planalto, tem gerado insatisfação entre parlamentares aliados, que cobram maior pluralidade na articulação política.
Aguinaldo Ribeiro, líder da Maioria no Congresso, é apontado como um possível nome para o cargo. Outro nome cotado é o do deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL), líder do MDB na Câmara. Ambos são vistos como figuras moderadas e de perfil governista, capazes de estreitar as relações entre Executivo e Legislativo, especialmente em um cenário de base fragmentada e descontentamento com a distribuição de emendas parlamentares.
A possibilidade de um deputado assumir a liderança do Congresso também é considerada, dado que a Câmara dos Deputados tem sido o principal foco de dificuldades para o governo. Parlamentares lembram que em situações semelhantes, como durante o governo de Jair Bolsonaro, mudanças nas lideranças contribuíram para destravar negociações. O papel da liderança do governo no Congresso é estratégico, envolvendo a articulação de propostas do Executivo e a mediação de demandas dos parlamentares.
A troca, no entanto, exigiria uma “saída honrosa” para os atuais líderes. José Guimarães, por exemplo, é cotado para a presidência do PT ou mesmo para a Secretaria de Relações Institucionais, responsável pela articulação política. Fontes afirmam que o presidente Lula valoriza o trabalho de Guimarães e considera seu papel estratégico para as eleições de 2026, quando o deputado é pré-candidato ao Senado.