Redução do uso de celular por parte das crianças; neuropsicóloga faz o alerta

Por Jacyara CristinaRedação Por Redação - 02/08/2024 01:17 - 58427
Foto Reprodução - Montagem: Sistema 1001 Notícias de Comunicação
Foto Reprodução - Montagem: Sistema 1001 Notícias de Comunicação

 A ampla utilização das redes sociais e a multiplicação do acesso aos vários aplicativos e jogos on-line direcionados às crianças e adolescentes estão contribuindo para o aumento significativo do tempo gasto em equipamentos como celulares e tablets no país. Segundo um estudo recente realizado pela McAfee, o Brasil registrou o maior resultado sobre o uso de celular entre crianças e adolescentes, atingindo uma taxa geral de 96%.

 
 Além disso, o uso desses dispositivos tem começado cada vez mais cedo, sendo que 95% delas acessam a internet por meio de um smartphone pessoal, 19% acima da média global nessa idade. 
 
 Os dados preocupam especialistas da saúde, como também os pais que buscam alternativas diversas para entreter os filhos em casa, sem o uso de dispositivos móveis. Durante os finais de semana, o desafio se torna ainda maior, pois, com tanto tempo livre e longe dos estudos, muitas crianças e adolescentes sentem-se ociosos, o que instiga o uso desses aparelhos.
 
 A imersão excessiva nas redes pode trazer sérios riscos à saúde mental desses usuários, é o que explica a neuropsicóloga Anna Rúbia Pirôpo Vieira da Costa, coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera. Segundo a especialista, as redes sociais, por ecemplo, fazem parte do atual contexto social e em muitas vezes são tidas como prioridade no cenário cultural, no qual a sua inserção se dá cada vez mais cedo. 
 
 “O uso de forma imprudente e excessiva de tecnologias e até de redes sociais tem gerado grandes impactos à saúde mental dos indivíduos, e os números são alarmantes, principalmente quando falamos do público jovem (crianças, pré-adolescentes, adolescentes e jovens adultos)”, alerta. 
 
A neuropsicóloga explica, que o suo exagerado contribui para elevados níveis de ansiedade, depressão, entre outras patologias, por isso que os pais devem controlar o uso desses aparelhos e principalmente dos conteúdos acessados por parte dos filhos. 
 
 Anna Rúbia exemplifica que o fato de uma criança estar exposta a uma gama de informações de forma desenfreada e muitas vezes não compatível com a sua idade, pode impactar na sua autoestima, entre outros malefícios.
 
 Por fim, Anna Rúbia Pirôpo Vieira da Costa dá algumas orientações aos pais sobre o uso de tecnologias por parte dos filhos. Confira:
 
Estabeleça um tempo de acesso (horários de uso); 
 
Impacto no desenvolvimento social e emocional: O uso excessivo de celulares pode prejudicar o desenvolvimento das habilidades sociais e emocionais das crianças. Quando as crianças passam muito tempo em seus dispositivos, podem ter menos oportunidades de interagir com seus pares em um ambiente real, o que é essencial para o desenvolvimento saudável;
 
Risco de vício: Os smartphones são projetados para serem cativantes, e crianças podem facilmente se tornar viciadas em jogos, mídias sociais e outras atividades online. Isso pode interferir no equilíbrio entre a vida online e offline;
 
Exposição a conteúdo inadequado: A internet contém uma grande quantidade de conteúdo não apropriado para crianças. Mesmo com filtros e controles parentais, sempre há o risco de as crianças encontrarem conteúdo inadequado;
 
Impacto na saúde física: O uso excessivo de dispositivos móveis pode levar a problemas de saúde física, como falta de exercício, problemas de sono devido à exposição à luz azul dos dispositivos e posturas inadequadas que podem resultar em dores no pescoço e nas costas;
 
Risco de ciberbullying e assédio: As crianças podem ser alvo de ciberbullying e assédio on-line, o que pode ter graves consequências para sua saúde mental;
 
Distração na escola: O uso de celulares na escola pode ser uma grande distração para as crianças, interferindo em seu aprendizado e desempenho acadêmico; 
 
Perda de tempo: Passar muito tempo em dispositivos móveis pode levar as crianças a perderem tempo que poderiam dedicar a atividades mais construtivas e educacionais;
 
Lugar de criança não é no celular e nas redes sociais. Monitore seus filhos! 
 

Deiwerson Damasceno Dos Santos


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