Contato com a urina e fezes dos pets; veterinário alerta para os cuidados com a saúde

Por Jacyara CristinaRedação Por Redação - 02/08/2024 01:27 - 58428
Foto Reprodução - Montagem: Sistema 1001 Notícias de Comunicação
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 A convivência com pets é benéfica para a saúde física e mental, pois promove bem-estar e reduz o estresse. No entanto, o contato com urina e fezes de cães e gatos pode representar um risco à saúde humana, pois essas substâncias podem veicular diversas doenças.

Segundo Thiago Carvalho, coordenador e professor do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, a leptospirose, por exemplo, é uma infecção bacteriana grave transmitida pela bactéria Leptospira, presente na urina de animais infectados. Essa doença pode ser contraída por humanos através do contato com solo ou água contaminados. 
 
“Nos seres humanos, a leptospirose pode causar sintomas como febre alta, dores de cabeça intensas, dores musculares, e em casos graves, pode levar a complicações renais e hepáticas. Nos animais, os sinais incluem febre, vômitos, icterícia (coloração amarelada da pele e mucosas), e aumento da sede e da urina. É crucial o diagnóstico precoce para evitar o agravamento do quadro”, explica Carvalho, que complementa ainda que, para prevenir a leptospirose, é essencial evitar o contato com áreas potencialmente contaminadas, manter os animais vacinados e controlar a população de roedores, que são importantes vetores da doença.
 
 
O veterinário também destaca infecções gastrointestinais como a salmonelose e a campilobacteriose, que podem ser transmitidas pelo contato com fezes contaminadas. “Em humanos, essas infecções causam diarreia, febre e cólicas abdominais, podendo ser especialmente perigosas para crianças, idosos e pessoas com sistema imunológico comprometido. Em animais, os sintomas incluem diarreia, que pode ser com ou sem sangue, vômitos e febre. A transmissão pode ocorrer tanto pelo contato direto com as fezes quanto através de superfícies contaminadas”, acrescenta. A prevenção dessas infecções envolve a prática de boa higiene, como lavar as mãos após o manuseio de animais ou suas fezes, e garantir que os alimentos sejam bem cozidos e preparados em condições higiênicas.
 
 
Além disso, doenças parasitárias como o bicho geográfico (Ancylostoma) também são motivo de preocupação, alerta o veterinário. “O bicho geográfico é um parasita que penetra na pele, causando lesões dolorosas e pruriginosas, muitas vezes nos pés, após contato com solo ou areia contaminados. Nos animais, essa infecção se manifesta através de prurido intenso e irritação na pele, especialmente nas patas e no abdômen”, descreve o especialista. Para prevenir, é importante evitar que os animais defequem em áreas onde as pessoas possam entrar em contato direto com o solo, como praias e parques infantis, e tratar os pets com antiparasitários regularmente.
 
 
A toxoplasmose, causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, é outra doença que pode ser transmitida pelas fezes de gatos. “Embora muitos gatos infectados não apresentem sintomas, o protozoário pode ser perigoso para humanos, especialmente gestantes e pessoas com sistema imunológico comprometido. Nos humanos, os sintomas podem variar de leves, como febre e dores musculares, a graves, incluindo danos neurológicos. A contaminação ocorre principalmente através da ingestão de alimentos contaminados com oocistos presentes nas fezes dos gatos. Em gatos, a toxoplasmose pode causar letargia, febre e sintomas respiratórios, como dificuldade para respirar”, detalha Carvalho. A prevenção inclui cozinhar bem os alimentos, lavar bem frutas e vegetais, usar luvas ao manusear solo e manter os gatos domésticos dentro de casa para evitar a contaminação.
 
 
Por fim, Thiago Carvalho menciona a giardíase, uma infecção causada pelo protozoário Giardia lamblia. “A giardíase provoca diarreia, cólicas abdominais e náuseas em humanos, enquanto em animais pode levar a sintomas semelhantes, além de perda de peso e pelagem opaca. É uma doença que exige atenção, especialmente em ambientes com múltiplos pets, devido à facilidade de transmissão”, alerta. A prevenção inclui fornecer água tratada para os animais, evitar que eles bebam água de fontes duvidosas e manter a higiene rigorosa do ambiente.
 
 
Para reduzir os riscos de todas essas doenças, Carvalho recomenda práticas rigorosas de higiene e cuidados com a saúde dos pets. “É fundamental limpar regularmente as áreas onde os animais fazem suas necessidades, usando desinfetantes seguros para eles. Lave as mãos com água e sabão após manusear fezes ou urina. Manter a saúde dos pets em dia, com check-ups regulares e vacinas atualizadas, também é crucial. Além disso, o uso regular de antiparasitários é essencial para prevenir infestações”, orienta.
 
Ele também sugere a criação de ambientes seguros e específicos para as necessidades fisiológicas dos pets, preferencialmente afastados de áreas de convivência e alimentação. “Descarte as fezes em sacos plásticos adequados, eliminando-os em lixeiras fechadas para evitar a disseminação de doenças”, conclui Thiago Carvalho.
 
Assessoria de Imprensa  
 
Deiwerson Damasceno 
 
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