Por Roberto Notícias
- 14/07/2024 13:14 - 58211
Depois de marcar o gol com 3 a 2 com Joãozinho aos 47 minutos do segundo tempo, os mais de 3 mil torcedores presentes no Almeidão explodiram em festa e celebravam a então vitória sobre o Confiança, que recolocava o time na vice-liderança da Série C.
Porém, já na saída de bola, o time sergipano conseguiu o empate em um chute da risca do meio campo de André Lima, que viu Dalton muito adiantado e bateu direto. O arqueiro tentou se recuperar, mas a bola bateu no travessão, em seu braço, e morreu no fundo do gol. E a felicidade imediatamente se transformou em frustração.
Após o jogo, o treinador Evaristo Piza lembrou outros momentos que a euforia da celebração atrapalhou o time, como quando fez 3 a 1 no Athletic, sofreu o segundo gol logo depois e quase cedeu o empate, e após abrir 3 a 0 diante da Aparecidense, e depois teve dificuldades para vencer por 4 a 3. Por isso, ele compreende as vaias da torcida.
– É muito fácil a mudança de comportamento. A torcida vinha incentivando a todo momento, estava eufórica junto comemorando “vamos subir Belo, vamos subir Belo”. Depois, 3 a 3, não presta mais ninguém. Então, é isso que a gente precisa colocar na cabeça dos atletas, não permitir que o que vem acontecendo continue sendo corriqueiro. Não é só o aspecto físico, tático e técnico, a gente tem que estar com o emocional muito forte, muito fortalecido para impedir esse tipo de situação que vem acontecendo – lamentou.
Outro tema abordado pelo comandante botafoguense na coletiva foi a utilização dos reforços. O meia-atacante Sillas e o atacante Vinícius Leite, contratados nas últimas semanas, entraram no segundo tempo, e Piza explicou que só jogando que eles conseguirão se adaptar às ideias da equipe.
– São jogadores firmados, eles não precisam provar nada para ninguém. O que trouxe eles para cá foi o que eles já fizeram, são jogadores que vieram para potencializar um grupo que já vem performando bem, e eu tenho que utilizá-los para dar isso para eles, que eu não tive eles no início da competição. Eu não formulei com eles a ideia de construção, e um jeito mais rápido para ter essa adaptação é inserindo (eles nos jogos). E o jogo vai dando isso, vai conhecendo a característica de um, de outro, vai aproximando, vai concentrar junto, vai ficar almoçar junto, não é só o campo em si. O Vinicius vinha jogando, então ele chegou com uma parte física boa para colocar nesse jogo. O Silas já estreou no momento anterior (contra o São Bernardo) – comentou.
Com um grupo pouco modificado desde o início da terceira divisão e sempre figurando na parte de cima da tabela, Evaristo Piza sabe que precisa saber lidar com alguma possível insatisfação de jogadores que podem perder espaço para os novos contratados. Por isso, ele afirmou que precisa seguir tentando fazer que todos os atletas se sintam motivados e dispostos a ajudar seus companheiros.
– Às vezes alguns jogadores podem entender mal que os caras chegaram depois para jogar, mas uma opção minha. Posso estar certo, posso estar errado, mas eu preciso fazer. Eles sabem da responsabilidade de ter chegado numa equipe que nunca ficou fora do G4 e eles têm que potencializar. O mais importante é a gestão. Os que estavam, se abaixar a guarda, pensar “foi incoerente, pois estou aqui desde o início”, a gente vai perder. Agora, caso os caras entendam, continuem trabalhando e esperem a oportunidade em determinados jogos, em determinadas leituras, eles vão nos ajudar – concluiu.
Sem tempo para lamentar o empate, o elenco botafoguense já se reapresentou na manhã deste domingo (14), pois tem compromisso na quarta-feira (17), contra o São José, novamente em João Pessoa, em jogo atrasado da quinta rodada da Série C.
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Roberto Notícia - Jornalista - DRT 4511/80.
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