A Paraíba registrou mais de 780 casos de infecções por HIV e Aids entre os meses de janeiro a novembro de 2024. Os dados são do Boletim Epidemiológico da doença, divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) nesta sexta-feira (29).
Neste período, foram registrados cerca de 781 novos casos em toda a Paraíba. A capital João Pessoa liderou o número de casos, sendo 406 de HIV e 98 de Aids.
Em seguida, aparece Campina Grande, com 52 diagnósticos de HIV e 17 de Aids. As mortes por Aids registraram uma redução, se comparado ao mesmo período de 2023.
No ano anterior, foram registradas 162 mortes, caindo para 143 em 2024. O número representa um coeficiente de mortalidade de 3,5 óbitos por 100 mil habitantes.
Segundo a gerente operacional de Condições Crônicas e IST da SES, Ivoneide Lucena, a principal via de infecção dos casos confirmados é a relação sexual sem preservativo, reforçando a importância da testagem para auxiliar no diagnóstico precoce e tratamento das ISTs.
“Nós sabemos que muitas pessoas têm o HIV e não sabem que têm porque nunca procuram um serviço para fazer o teste. A gente orienta que, a cada seis meses, as pessoas busquem o serviço para realizar o teste, sobretudo se tiverem se submetido a alguma relação desprotegida, sem o uso de camisinha”, alerta Ivoneide, ao ressaltar que tanto os testes quanto o tratamento são oferecidos de forma gratuita à população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
Na Paraíba, 9.376 pessoas fazem o tratamento antirretroviral, com medicação sendo distribuída em 14 serviços de dispensação, disponíveis nas três macrorregiões de saúde do estado, sendo o Complexo de Doenças Infectocontagiosas Dr. Clementino Fraga, em João Pessoa, a principal referência da rede.
A médica infectologista da SES, Júlia Chaves, explicou que a adesão à terapia antirretroviral proporciona grandes benefícios individuais, como aumento da expectativa de vida e o não desenvolvimento de doenças oportunistas. Além disso, explica a médica, o tratamento traz a possibilidade de a pessoa com HIV tornar-se indetectável, reduzindo a possibilidade de transmissão do vírus pela via sexual.
“A profilaxia pré-exposição (PrEP) e a profilaxia pós-exposição (PEP) contribuem potencialmente para a qualidade de vida das pessoas. Elas possibilitam que quem teve contato com o vírus, se administradas adequadamente, não adquiram a infecção”, destaca a médica ao frisar que existem outras profilaxias que otimizam a prevenção contra o HIV/Aids e demais ISTs. “A pessoa pode usar uma profilaxia combinada, ou seja, utilizar o medicamento em conjunto com outros métodos, como o preservativo durante o ato sexual, por exemplo”, acrescentou Júlia.
A divulgação dos dados acende um alerta para a prevenção e marca a abertura da Campanha Dezembro Vermelho, que tem como objetivo conscientizar a população sobre o HIV/Aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).
Veja abaixo os serviços de Referência para HIV/Aids e outras ISTs na Paraíba:
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