A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro utilizou suas redes sociais, na noite desta sexta-feira (22), para se pronunciar pela primeira vez após o novo indiciamento de Jair Bolsonaro pela Polícia Federal (PF). Em uma postagem que trouxe o ex-presidente sorridente vestindo a camisa de um time de futebol, Michelle declarou: “Meu amor”. A informação foi publicada pelo Globo.
Michelle, que é presidente do PL Mulher, tem sido mencionada por aliados como uma possível candidata à Presidência da República em 2026, especialmente após Bolsonaro ser declarado inelegível até 2030 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A postagem foi vista como um gesto de solidariedade ao marido e um movimento político para reforçar sua posição como figura pública de destaque dentro do bolsonarismo.
O novo indiciamento do ex-presidente, realizado pela PF, acusa Bolsonaro de crimes como tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de direito e organização criminosa. Caso condenado, as penas podem somar até 28 anos de prisão, além de oito anos adicionais de inelegibilidade previstos na Lei da Ficha Limpa, o que o afastaria da política até 2061.
Bolsonaro já está impedido de disputar eleições desde 2022, após o TSE concluir que ele cometeu abuso de poder político ao atacar, sem provas, o sistema de urnas eletrônicas em reunião com embaixadores. Apesar disso, ele segue em diálogo com aliados e eleitores, afirmando que pretende disputar a Presidência em 2026 ou, caso sua inelegibilidade seja mantida, lançar um candidato de confiança.
A declaração de amor de Michelle, feita em um momento de grande pressão jurídica e política sobre Bolsonaro, foi interpretada como um gesto de apoio pessoal e político. Como líder do PL Mulher, ela já vinha ganhando espaço no cenário nacional, com menções frequentes sobre sua capacidade de representar o bolsonarismo nas urnas.
Analistas políticos apontam que, com a ausência de Bolsonaro no pleito de 2026, Michelle pode emergir como a principal candidata do campo conservador. Sua postura pública conciliadora e sua popularidade em setores evangélicos são vistos como trunfos para mobilizar a base do ex-presidente.
Enquanto enfrenta os desdobramentos de múltiplos processos, Bolsonaro mantém sua influência entre aliados e seguidores. Ele já declarou que aposta no Congresso para reverter sua inelegibilidade, mas ainda não indicou quem poderia ser seu sucessor caso não consiga retornar à disputa presidencial.
Michelle, por outro lado, tem sido testada como uma liderança política capaz de preservar o legado bolsonarista e mobilizar o eleitorado conservador. Sua declaração nas redes sociais reforça essa narrativa, ao mesmo tempo que fortalece sua imagem de lealdade e alinhamento aos valores promovidos pelo ex-presidente.
O gesto simbólico de Michelle, somado aos movimentos do PL e da base bolsonarista, pode ser o início de uma estratégia mais ampla para garantir que o bolsonarismo continue relevante no cenário político nacional, mesmo diante das restrições legais que pesam sobre seu principal líder.
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