O presidente e a primeira-ministra da Finlândia anunciaram neste domingo (15) que o país nórdico pretende se inscrever na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), abrindo caminho para a aliança militar ocidental de 30 membros se expandir em meio à guerra da Rússia na Ucrânia.
Sauli Niinisto e Sanna Marin fizeram o anúncio durante uma entrevista coletiva no Palácio Presidencial, em Helsinque. “Este é um dia histórico. Uma nova era começa”, disse Niinisto.
Agora, espera-se que o Parlamento finlandês aprove a decisão nos próximos dias. Porém, essa aprovação é considerada uma formalidade.
Um pedido formal de adesão também será submetido à sede da Otan em Bruxelas, provavelmente na próxima semana.
O ministro das Relações Exteriores da Dinamarca rejeitou as sugestões de que as objeções do presidente russo, Vladimir Putin , poderiam impedir a aliança de permitir a entrada de novos membros.
“Cada país europeu tem o direito fundamental de escolher seu próprio arranjo de segurança”, disse Jeppe Kofod a repórteres.
“Vemos agora um mundo onde o inimigo número um da democracia é Putin e o pensamento que ele representa”, disse ele, acrescentando que a Otan também ficaria com outros países, como a Geórgia, que ele disse estarem sendo “instrumentalizados” pela Rússia.
À margem da reunião, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, se reuniu no domingo com seu colega ucraniano Dmytro Kuleba para discutir o impacto da guerra e como levar os grãos da Ucrânia aos mercados internacionais.
O porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, disse que Blinken “ressaltou o compromisso duradouro dos Estados Unidos com a soberania e a integridade territorial da Ucrânia diante da guerra não provocada da Rússia”.
O principal diplomata da Grã-Bretanha disse que os membros da Otan também discutirão questões de segurança fora da Europa durante sua reunião no domingo – uma referência ao crescente desconforto entre as nações democráticas sobre a ascensão da China.
“Além de proteger a segurança euro-atlântica, também precisamos cuidar da segurança do Indo-Pacífico”, disse a secretária de Relações Exteriores Liz Truss.
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