O repórter paraibano Gustavo Chaves está sendo processado após chamar Eliane Nunes da Silva de “monstro” em uma de suas reportagens sobre o julgamento que condenou Eliane a 30 anos de prisão pelo assassinato de sua filha de um ano de idade. O caso foi encaminhado pelo Ministério Público Federal (MPF) à Justiça Estadual.
Eliane Nunes foi condenada pelo Tribunal do Júri de João Pessoa após ter esfaqueado sua filha Júlia 26 vezes. O grau da violência do crime gerou grande comoção social e ampla cobertura da mídia. O comentário do repórter, feito durante uma reportagem sobre o julgamento, resultou na instauração de uma ação penal contra ele.
Em resposta, Gustavo afirmou que não se retratará de suas palavras e defende seu direito à liberdade de expressão.
“Eu não retiro uma palavra do que disse. Acho que o que falei, 90% da população queria ter falado. Será que no Brasil em que vivemos, a lei em que vivemos, o certo é o errado e o errado é o que está certo?! Vejam só o que estamos vivendo, essa inversão de valores. Júlia, 1 ano de idade, uma inocente que não sabia nem o dia em que estava vivendo, foi assassinada porque a mãe, após a separação do pai, a matou com vários golpes de faca. Eu não falei como um comunicador, eu falei como um pai, como um esposo e como alguém que tem uma filha”, disse o jornalista.
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