TRE aprova, por unanimidade, prestação de contas de campanha de Julian Lemos

 Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba na sessão plenária desta quinta-feira (13), aprovou à unanimidade a prestação de contas do candidato a Deputado Federal eleito, Julian Lemos. A Côrte Eleitoral entendeu que o atraso no envio do relatório financeiro configurou mero erro formal.

O advogado eleitoralista Nildo Nunes, que fez a sustentação oral, enfatizou que “a decisão do TRE/PB, reconheceu a licitude e legalidade de todas as doações financeiras, o que demonstra indubitavelmente a lisura nas contas de campanha do candidato eleito”. 

O candidato eleito Julian Lemos será diplomado na próxima terça-feira (18), no TRE.

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Da Redação com Roberto Noticia  

 

HABEAS CORPUS - STJ determina retorno imediato de Berg Lima à Prefeitura de Bayeux

 A 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou o retorno do prefeito afastado de Bayeux, Berg Lima (sem partido), ao cargo. A decisão foi tomada, de forma unânime, durante sessão realizada nesta quinta-feira (13).

A posse, porém, pode ser impedida devido a ações que tramitam na Justiça da Paraíba por improbidade administrativa.

O habeas corpus foi relatado pelo ministro Sebastião Reis e a informação foi confirmada ao Blog do Roberto Notícia pela assessoria do STJ.

A partir de agora o STJ vai notificar do Tribunal de Justiça da Paraíba, que havia retirado Berg do cargo, e em seguida a Câmara Municipal de Bayeux, para que o gestor volte ao comando do município.

De acordo com o advogado de Berg Lima, Inácio Queiroz, o STJ acatou as alegações da defesa da falta de provas contundentes contra o gestor, lapso temporal da medida cautelar eu já dura mais que um ano.

“O entendimento do STJ é que não pode haver um afastamento tão demorado e sequer há uma sentença contra ele no Tribunal de Justiça da Paraíba”, destacou.

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Da Redação com Roberto Noticia  

Radialista Fabiano Gomes chega ao Presídio PB1, em João Pessoa, e vai ficar sozinho em cela

 Já está Penitenciária Dr. Romeu Gonçalves de Abrantes, o PB1, em Jacararpé, na Capital, o radialista Fabiano Gomes.  Ele foi preso nessa quarta-feira (22) em mais uma fase da operação ‘Xeque-Mate’. O comunicador chegou ao presídio após decisão tomada na tarde desta quinta (23), pelo juiz Adilson Fabrício, em audiência de custódia realizada no Fórum Criminal Ministro Oswaldo Trigueiro de Albuquerque Mello, em João Pessoa.

Fabiano não tem curso superior e outra opção seria o presídio do Róger, porém, a decisão a pedido dos advogados foi o encaminhamento ao PB1 para resguardar a integridade física dele.

A direção da unidade prisional informou que Fabiano Gomes já passou uma triagem e levado para a cela do reconhecimento onde ficará sozinho por cinco dias. Durante esse tempo, ele vai ficar proibido de receber visitas e banho de sol.  Após esse período, o radialista vai permanecer em uma cela sozinho.

A defesa do radialista ainda solicitou que ele permanecesse na sede da Polícia Federal, mas a decisão não foi acatada pelo juiz Adilson. Os advogados de Fabiano ainda alegaram possíveis problemas de saúde, pedindo para que ele fosse encaminhado para a enfermaria da unidade prisional. Em depoimento, Fabiano Gomes revelou que teria esquecido de comparecer para cumprir as medidas cautelares exigidas pela justiça exatamente por causa dos possíveis problemas de saúde

Fabiano Gomes foi preso nessa quarta-feira (22) em decorrência das investigações da Operação Xeque-Mate, que apura desvios de dinheiro público e fraudes na administração do Município de Cabedelo, Região Metropolitana de João Pessoa. Ele foi conduzido para a sede da Polícia Federal no início da manhã, por força de mandado de prisão preventiva. A ordem judicial, expedida pelo desembargador João Benedito, do Tribunal de Justiça da Paraíba, aconteceu após descumprimento de medida cautelar.

A defesa do empresário justificou que “uma das medidas cautelares determina que Fabiano compareça, uma vez por mês, para assinar documentos na Justiça. Neste mês de agosto, por conta de dias de atraso no comparecimento, a Justiça compreendeu o ato como desobediência”.

Entenda a operação

Deflagrada em abril deste ano, a Operação Xeque-Mate foi motivada, segundo a Polícia Federal, por uma denúncia de que o prefeito Leto Viana teria forçado vereadores a assinarem cartas-renúncia. Caso algum deles votassem contra as intenções da gestão, o documento seria protocolado. Por se arriscarem a assinar as cartas, os vereadores recebiam dinheiro e outros benefícios. Entre as decisões da Câmara alinhadas à vontade do prefeito, estaria o veto à construção de um shopping center na cidade.

Outra negociação investigada aponta que o ex-prefeito de Cabedelo, Luceninha, teria recebido R$ 5 milhões para renunciar ao mandato. As investigações dizem que foi esse esquema que contou com a participação de Fabiano Gomes. Conforme divulgado pela PF, o radialista teria sido uma das pessoas responsáveis por repassar quantias financeiras ao ex-gestor. Na época, Fabiano Gomes disse em nota à impressa que estava “colaborando com as investigações e à disposição dos órgãos competentes”.

Além dessas “trocas de favores” entre empresários, Prefeitura e vereadores, a Operação Xeque-Mate apura que ao menos R$ 30 milhões teriam sido desviados dos cofres públicos de Cabedelo, a partir do loteamento de cargos fantasmas, doações de terrenos com avaliações fraudadas e utilização de laranjas para ocultação patrimonial.

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Aije do Empreender - Procurador pede cassação de Ricardo e Lígia no caso Empreender-PB

 O procurador Regional Eleitoral, Victor Veggi, deu parecer pela cassação do governador Ricardo Coutinho (PSB) e da vice-governadora, Lígia Feliciano, na Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) que apura suposta utilização do programa Empreender-PB nas eleições de 2014, quando disputou a reeleição. O procurador também opina pela inelegibilidade do governador e da vice e também dos outros supostos envolvidos como Francisco Gonçalves, Márcia Lucena, Waldson Souza, Tárcio Pessoa, Antônio Albino e Renato Feliciano.

Victor Veggi deu parecer em razão, segundo ele, na prática de abuso de poder político e econômico. A manifestação do Ministério Público possui 217 páginas. Cabe agora ao relator do processo no Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), desembargador Carlos Beltrão, pautar o processo para julgamento, após quase quatro anos das eleições de 2014.

Depois que assumiu a relatoria, Carlos Beltrão, conseguiu dar agilidade a essa e outras ações. Ao falar sobre o assunto com a imprensa, o desembargador disse que não justifica acabar o mandato do governador sem que haja um julgamento, seja para condenar, seja para absolver.

A Aije do Empreender já passou por vários relatores no TRE-PB. Iniciou com o desembargador João Alves, depois passou pelas mãos da desembargadora Maria das Graças Guedes, do desembargador Romero Marcelo e agora está sob a apreciação do desembargador Carlos Beltrão.

Entre as provas no processo, consta um relatório da Controladoria-Geral do Estado apontando supostas irregularidades na liberação dos recursos em ano eleitoral. Consta também um vídeo com o governador, gravado em período eleitoral, entregando cheques para dezenas de pessoas vestidas com camisetas com a marca do Empreender-PB.

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Da Redação com Roberto Noticia

 

JAMPA DIGITAL - Ministério Público da Paraíba encaminha processo para o MPF e a Justiça Federal

 O Ministério Público do Estado decidiu, dentro do Inquérito Civil Público nº 797/2011, encaminhar o Caso Jampa Digital para investigação por parte do Ministério Público Federal e o devido julgamento pela Justiça Federal. Trata-se de uma decisão de “declínio de atribuição”. Alegam os procuradores, que uma grande parcela dos recursos era federal, oriundas de emenda do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Diz o documento: “Resta delimitada a competência da Justiça Federal para processo e julgamento de eventual ação de responsabilização por improbidade administrativa em razão de enriquecimento ilícito e dano ao erário, em consequência, a atribuição do Ministério Público Federal para a condução das investigações e adoção de medidas pertinentes.”

Julgamento do TCE – No mês de maio, o Tribunal de Contas do Estado constatou, em decisão unânime, que houve superfaturamento e desvio de recursos públicos no Jampa Digital. Os conselheiros multaram os ex-secretários Gilberto Carneiro (Administração), Estela Bezerra (Planejamento), Marconi Maia (Ciência e Tecnologia), todos da gestão de Ricardo Coutinho na Prefeitura de João Pessoa, em função das irregularidades.

Gilberto Carneiro terá ainda de devolver R$ 355 mil aos cofres da Prefeitura, em valores a serem atualizados. Também deverá ressarcir o Ministério da Ciência e Tecnologia em mais R$ 500 mil, por conta das irregularidades identificadas pelo TCE na aplicação do Jampa Digital, junto ao Tribunal de Contas da União, em função dos recursos serem federais.

O espólio do ex-secretário Paulo Badaró (Ciência e Tecnologia) também será responsabilizado para devolução de recursos ao erário municipal. Todos recorreram da decisão.

Irregularidades – O conselheiro Marco Antônio da Costa, relator do processo, apresentou, durante o julgamento, elementos constando a ocorrências das “graves irregularidades” na aplicação dos recursos públicos num programa de fornecimento de Internet grátis na orla e outras localidades de João Pessoa que, na verdade, “nunca funcionou” conforme prometido.

Como começou – Tudo começou com o pregão 019/2009, que foi vencido pela empresa Ideia Digital (e Plugnet). Era o início da aventura online conhecida como Jampa Digital, montado numa licitação de R$ 39,4 milhões e, de cara, com uma suspeita de superfaturamento acima de R$ 5,5 milhões.

Para se ter uma ideia, conforme uma denúncia formulada (e documentada) à época por técnicos da área, o superfaturamento de mais de 70 itens atingia acima de 1.600%. Um exemplo: uma “Unidade de Armazenamento Storage HP EVA 4100” foi adquirida por R$ 345.753,00, só que, no mesmo período, o mesmo equipamento foi adquirido pelo TRT de Pernambuco, pelo valor de… R$ 94.642,80.

Mesmo assim, o Jampa Digital foi lançado num show da cantora Pitty. E o que prometia um primor de serviço de acesso à Internet gratuita na orla e algumas praças de João Pessoa, virou apenas promessa e muitas suspeitas no ar. Nunca fez o mesmo sucesso da cantora baiana.

O projeto foi ancorado numa emenda de R$ 6 milhões junto ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Parte desses recursos foi repassada à Prefeitura e pagos à empresa vencedora. Depois de abrir uma sindicância, a Controladoria-Geral do Município concluiu que houve formação de quadrilha para desviar recursos públicos, e um prejuízo ao erário municipal de mais de R$ 3 milhões.

Ano passado, o Ministério da Ciência e Tecnologia passou a cobrar da Prefeitura a devolução do equivalente a R$ 4 milhões (recursos federais), após também concluir a ocorrência do crime com os recursos federais.

Escândalo – Segundo o Jornal Nacional (18 de julho de 2013), “a investigação (da PF) concluiu que recursos do projeto foram desviados para financiar a campanha do atual governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, do PSB… o publicitário Duda Mendonça, responsável pela campanha.”

Disse ainda a reportagem: “Segundo a Polícia Federal, funcionários da prefeitura de João Pessoa e empresários também estão envolvidos. O Jampa Digital, orçado em quase R$ 40 milhões, foi financiado pelo ministério da Ciência e Tecnologia.” O caso se tornou um escândalo nacional, após reportagem do Jornal Nacional, no ano passado. Mais em http://glo.bo/12TQgVY.

Doação de campanha – Em reportagem do dia 03 de março de 2012, o Blog antecipou a participação de Duda Mendonça no esquema (mais em http://bit.ly/198BdAh). Já no dia 28 de março, o Blog trouxe reprodução das doações de campanha para Ricardo Coutinho, que foram feitas pela empresa que venceu a licitação do Jampa Digital, na gestão de RC como prefeito de João Pessoas.

A empresa Ideia Sistemas realizou 20 depósitos (de R$ 250) em espécie mais uma transferência eletrônica (de R$ 3 mil) na conta do candidato Ricardo Coutinho.

Roberto Notícia com Helder Moura