Fenômeno: a história de sucesso da Arapuan e seu fundador, João Gregório

 Antes mesmo de pertencer aos seus quadros, já identificava no Sistema Arapuan uma característica que chama atenção do mercado. Mesmo sendo o mais jovem dos grupos de comunicação no Estado, a empresa consegue pautar o noticiário, pontificar fortemente na opinião pública e polarizar de frente com a concorrência.

Os últimos números do Ibope no rádio e na televisão confirmam. A TV Arapuan já é a terceira colocada geral na audiência. E o que significa isso? Significa que aqui na Paraíba a retransmissora da Rede TV – a última no Ibope Nacional – deixa para trás as afiliadas do SBT e da Band e faz calor no cangote de Globo e Record.

E não é só isso. Nos programas locais, a TV Arapuan briga, no jornalismo matutino, pelo topo. O Tribuna Livre, de Nilvan Ferreira, é sucesso absoluto de audiência, e faz boa disputa com o tradicional Bom Dia Paraíba. Outras atrações (entretenimento, policial e política) da casa estão invariavelmente dentro do trio dos mais assistidos.

No rádio, a emissora alcançou o primeiro lugar geral (segunda à sexta), depois de anos seguidos de dianteira da sua principal concorrente. E todos os programas de radiojornalismo – que já polarizavam – assumiram a posição de liderança na preferência dos ouvintes.  Das 5h da manhã até às 18h.

A Arapuan, antes restrita a João Pessoa, deflagrou intenso processo de interiorização e já constituiu rede e presenças em Campina Grande, segunda maior cidade do Estado, na pujante Patos e sua gigante região das Espinharas, até chegar ao extremo oeste da Paraíba, Cajazeiras e seu pólo de influência no Alto Piranhas.

Quando somados todos os fatores, facilmente chega-se à serena conclusão de que o conglomerado de veículos construído pelo sertanejo de Jatobá, João Pereira de Moura Neto, como gosto de chamar João Gregório, é um caso sui generis em terras paraibanas.

A própria história de João é um capítulo à parte. Saído de São José de Piranhas, encravada no Sertão, ele superou descrenças e removeu barreiras na sua empreitada para erguer, pacientemente, tijolo a tijolo, um grupo sólido e de reconhecida influência estadual na Comunicação do seu Estado.

Coisa para quem tem tino para os negócios, fé e coragem para enfrentar, sem se render, aos sacolejos da dura jornada de empreender num País que é um convite à zona de conforto e acomodação pelas vias das ‘estabilidades’.

Com ele, eu, que enveredei neste trilho, em proporção bem menor e ainda em fase de semeadura, aprendo a cada dia. A cada gesto de simplicidade, paciência e reconhecimento.

Por tudo, é preciso tirar o chapéu, duplamente. Para o CNPJ do fenômeno Arapuan. E para o CPF do líder desbravador. Duas histórias inspiradoras em um Brasil em que as falências crescem na velocidade do galope de 12%.


Heron Cid