Recém-chegado de São José de Piranhas para residir e estudar em João Pessoa na casa de minha prima Maria. O meu primeiro emprego foi no Jornal Correio da Paraíba lá pelos idos de 1980, comprado recentemente pelo Grupo Poli útil dos empresários Roberto Cavalcanti e Paulo Brandão, que tinha na época como diretor José Fernandes.
Jovem na época, com apenas 18 anos e querendo trabalhar, minha prima Maria que conhecia Pedro Moreira um dos melhores repórteres que já consegui vê em minha vida, escrevia uma notícia em um papel de bombons, completo em tudo além de um excelente texto. Pedro Moreira na época Editor do Jornal Correio da Paraíba, era casado com uma conterrânea me dava a primeira oportunidade de trabalho.
Residindo no José Américo, bairro que tinha sido acabado de ser inaugurado, sequer tinha transporte coletivo circulando pelas avenidas, tinha que sair a pé e ir até ao viaduto conhecido por “Sonrisal”, num barro vermelho infernal, chegavamos todos sujos. Começa aí o périplo de chegar a redação do Jornal Correio que funcionava no Distrito Industrial.
Sem conhecimento algum jornalístico, Pedro Moreira me ofereceu a oportunidade de ser Arquivista. Topei de cara, precisava do trabalho para ser manter na Capital. Ai começou a minha história no Jornal Correio da Paraíba. Não foi fácil os desafios, mas graças aos 2 neurônios que carrego comigo até hoje, graças a está na fila quando Deus passou por aqui distribuindo.
Em certo dia, fui apanhado de surpresa, Por Marcos Sousa editor setorial da página Internacional, irmão de Genásio Sousa, que chamo carinhosamente de “Genesinho” até hoje, um grande amigo que consegui nos Diários Associados, digo Jornal O NORTE. Filho de “Genesão” pai, homem culto e de uma simplicidade inigualável. Amigo por favor me pegue uma foto da “Dama de Ferro”, pensei na hora, acabei de perder o meu emprego.
Mas como sertanejo, não fugi do desafio, Quem será esta Dama de Ferro? Recorri aos meus neurônios e aos poucos conhecimentos de história e geografia dos bancos de escola da minha querida “Jatobá”, na escala Santa Emília e logo veio a menta o nome de Margaret Thatcher, fui em busca da foto e levei ao depois amigo Marcos Sousa.
Não foi fácil, mas com o passar do tempo, fui me adaptando ao trabalho e me tornei um Arquivista com competência para a função. Já que tinha 2 outras pessoa exercendo este trabalho e por “maldade” ou não tentaram misturar as fotos para tentar me prejudicar. Muito tempo depois, soube por intermédio de alguns amigos que Marcos Sousa, falou para direção que podia contratar que seria útil ao Jornal Correio da Paraíba.Deus no comando sempre...
Depois de um período curto no Distrito Industrial, vem a mudança para onde funciona até hoje a sede do Sistema Correio de Comunicação. Lá começa a fase áurea do império que foi até hoje o Jornal Correio da Paraíba. Tive sorte em poder trabalhar com a melhor equipe do jornalismo paraibano, não irei citar nomes para não ser falho com alguns amigos.
Não passei um período longo no Jornal Correio da Paraíba, com as mudanças constantes na redação e a morte do meu amigo Pedro Moreira, fui demitido por Bosco Gaspar que assumia função de comando. Mas tive a honra de trabalhar com muitos jovens chegados da 1ª turma da UFPB, hoje grandes nomes do jornalismo paraibano como Walter Santos e muitos outros.
Ainda como Arquivista tive o prazer de trabalhar com Damásio Roberto, e em seguida fui colega de profissão já no Jornal o Norte na função de Diagramador.
Após a demissão, tive o convite do amigo Antônio Costa, na época dispensado também do Correio da Paraíba para ser Diagramador no Jornal O NORTE para tirar as férias dos colegas. Que em tempos depois, após galgar várias funções no Jornal o NORTE a meu convite veio ser meu editor-adjunto para meu orgulho.
Por fim, foram muitas as histórias proporcionadas pelo “Correio da Paraíba” em suas facetas distintas, diversificadas. A minha história particular com o “Correio” mistura emoções como carinho, amor, profissionalismo e admiração intraduzível pelo mais paraibano de todos os jornais que pontificaram em nosso Estado, uma das indiscutíveis escolas de jornalismo da melhor qualidade. A Paraíba fica menor em estatura sem o “Correio”.
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Roberto Noticia - Jornalista - DRT 4511/88