Dia 25 de março de 2021. Perdemos o jornalista e radialista Juarez Amaral, acometido pela terrível COVID-19. Nos deixou não apenas um grande profissional da imprensa do nosso Estado, mais um companheiro querido, que sempre tratou o jornalismo como coisa séria.
Juarez Amaral de Medeiros, o seu nome por inteiro. Filho de José Antônio de Medeiros e Elisa Amaral de Medeiros. Nasceu em 26 de junho de 1950, na cidade de São João do Cariri.
Era do tipo do homem de comunicação pesquisador, que ia atrás da notícia, que buscava os fatos de forma aprofundada e, não aceitava ser o segundo a informar. Gostava de ser o primeiro a saber. O furo jornalístico mudava até o seu comportamento, às introvertido, para um jeito risonho e alegre, um Juarez, na verdade, de fácil comunicação, mas muito exigente e cuidadoso com a notícia. Para ele, a notícia verdadeira, de ouvir ambos os lados do fato, era de fundamental importância. Um jornalismo investigativo de verdade.
Durante muito anos, na Caturité AM, comandou O JORNAL DE VERDADE, logo cedo da manhã, dando as primeiras informações da cidade e do Estado. Com ele fizeram esse informativo, grandes nomes, como: Polion Araújo, Morib Macedo, Arimatéa Sousa
Sua história no jornalismo começou em Campina Grande, na Caturité, em 21 de janeiro de 1972, A sua segunda passagem na emissora aconteceu na década de 80, quando foi admitido em 01 de abril de 1984.
Foi um começo interessante. Juarez iniciou no rádio como plantonista esportivo. Sua chegada à Rádio Caturité foi através de Marciano Soares, na época, vindo de João Pessoa para reforçar o departamento esportivo da emissora da Diocese.
Natural de São João do Cariri, Juarez veio residir em Campina Grande, com a finalidade trabalhar e estudar, justamente com a família. Trabalhou numa loja na Rua Joao Pessoa, ao lado de Marciano, que além de narrador apresentava um programa de música nordestina, que começava às 06 horas da manhã. E foi Marciano Soares, que o trouxe para fazer um teste, no qual foi aprovado como redator e plantonista esportivo.
Não precisou de muito tempo para que o nosso JURA, como passou a ser carinhosamente chamado pelos amigos, conquistasse a confiança da equipe, redigindo para os noticiários, cobrindo, às vezes como repórter esportivo, as atividades do TREZE (por quem sempre oi apaixonado) e comandar com competência o plantão esportivo da emissora. Tornou-se um grande radialista, que passaria pelos Diários Associados ( TV BORBOREMA, nos tempos de Jonathas Mahon), Rádio Caturité, num segundo momento, Rádio Cidade de Esperança (mais recentemente), e TV Paraíba (quando do seu retorno de São Paulo).
Residiu sim, em São Paulo. Quando atuou em Campina Grande e começou a cursar Comunicação Social – Jornalismo – na URNe, resolveu mudar de ares. “Gilson – disse – vou tentar sorte lá fora, vou até São Paulo. Estou meio chateado com isso aqui”. Pediu demissão do emprego, fechou o curso na universidade e, se mandou.
Buscou espaços e conseguiu. Começou a trabalhar na Record de São Paulo, que o recebeu como redator. Passou um bom tempo, mas precisava concluir o curso de jornalismo. E o concluiu na CÁSPER LÍBERO, uma das mais importantes universidades do país.
No retorno à Campina Grande foram muitas oportunidades, como todos sabem, no rádio e televisão. Voltou bem melhor e mais experiente, firmando-se de forma definitiva no cenário do jornalismo.
O dia 25 de março de 2021 jamais será esquecido pelos campinenses e pelos que militam no jornalismo paraibano, especialmente da cidade. Foi vencido pela COVID-19. Perdemos UM BOM COMPANHEIRO! PARTIU JUAREZ AMARAL DE MEDEIROS!
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Roberto Noticia - Jornalista - DRT 4511/88 e Gilson Souto Maior