A Câmara de João Pessoa foi mais uma vez palco de troca de “farpas” entre os vereadores Marmute Cavalcanti (PSL) e Eliza Virgínia (PP) que chegou a se retirou da sessão virtual, do dia 27 de maio após dizer que foi chamada de vira-lata pelo vereador Marmute Cavalcanti (PSL). A discussão aconteceu após divergências na votação de uma matéria de remanejamento entre secretarias municipais.
“Por mais razões que o vereador Marmuthe tenha, eu não vou ficar numa sessão em que todos nós somos chamados de ‘vira-lata. Então estou me retirando desta sessão”, disse a vereadora Eliza, saindo da sessão virtual logo em seguida. A parlamentar ainda sugeriu que Marmuthe Cavalcante estaria querendo chamar atenção com a fala.
O presidente da Câmara Municipal de João Pessoa, vereador Dinho (Avante), tentou amenizar o constrangimento e a confusão. Dinho disse que não havia escutado e que não acreditava que o vereador tivesse tido a intenção de chamar ninguém de vira-lata. “Ele não falou se referindo a nenhum vereador não”, explicou o presidente da casa, que complementou dizendo que não permitirá agressões entre os integrantes da casa. “Estamos numa casa de 27 parlamentares e todos terão o direito da fala. Eu não aceito agressões”, completou.
A sessão continuou e a vereadora Eliza Virgínia decidiu voltar, mas continuou alfinetando o vereador Marmuthe. “Resolvi voltar porque o projeto é muito mais importante do que qualquer fala lacradora de qualquer vereador para chamar atenção”, completou.
Marmuthe pediu a fala novamente para rebater Eliza, afirmando que a parlamentar tinha tido uma fala infeliz da vereadora, pediu para que ela se informasse sobre a expressão ‘síndrome de vira-lata’, pois ela estava desinformada. “Ela não conhecia a força da expressão “complexo de vira-lata” e tenta aparecer na sessão.
A vereadora usou o tempo para dizer que sou baixo, mas eu tenho educação, diferentemente da senhora. Eu não Sou baixo, nem destratei ninguém aqui. Apenas estava explicando que R$10 mil reais são pouco para esse remanejamento”, exclamou Marmuthe, recebendo solidariedade de alguns vereadores como Marcos Vinícius (PT), que colocou a interpretação da expressão ‘complexo de vira-lata’.
a vereadora Eliza Virgínia (Progressistas) e o vereador Marcos Henriques (PT) votaram contra a matéria alegando não concordarem com remanejamentos nas áreas destinadas aos idosos e aos deficientes da cidade. Também com voto contrário, o vereador Marmuthe Cavalcanti (PSL) questionou que os valores destinados para área de Esportes eram irrelevantes para as ações a que se destinavam.
O líder do governo, vereador Bruno Farias, rebateu Marmuthe, dizendo que os valores são apenas complementos ao orçamento já existente para cada ação especificada.
Por fim, apesar da confusão, o projeto foi votado e aprovado pela maioria.
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Roberto Noticia - Jornalista - DRT 4511/88 com politicaporelas.