Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo publicada na noite da sexta-feira (19), a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) falou sobre o sistema eleitoral brasileiro e sobre as críticas as urnas eletrônicas. A parlamentar, que disputa a reeleição, comentou a supostas ameaças de golpe nessas eleições e explicou que “já deram um golpe” quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve suas condenações anuladas.
Zambelli abordou o assunto ao ser questionada sobre o posicionamento do presidente Jair Bolsonaro a respeito das eleições. Ela disse estranhar o fato do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, não ter “descondenado” Lula em pedidos de habeas corpus anteriores.
– A diferença do que eu estou falando, do golpe dado por parte dos ministros do Supremo para tornar o Lula elegível, é que já aconteceu. O golpe já foi dado. O golpe que você cita é um talvez golpe. Como prever algo que não aconteceu? – indagou.
A deputada então disse que deixar Lula disputar as eleições é o “maior golpe”.
– O principal motivo de a gente desconfiar de fraude agora é que eles soltaram o Lula, que é um bandido condenado em três instâncias porque disseram que ele não podia ser condenado em Curitiba. O maior golpe já aconteceu, que é Lula ser candidato. Se eles deram um golpe desse, descondenando o Lula, por que não pode dar golpe na urna eletrônica? – apontou.
Zambelli também foi questionada sobre as críticas as urnas. Ela disse que não está falando contra o TSE e nem preocupada se irá perder votos.
– O que enfraquece o Estado de Direito é não poder falar o que se pensa. Principalmente porque a gente não está falando contra uma instituição. Em nenhum momento eu falo contra o TSE. Eu tenho um discurso contra um sistema no qual eu não confio porque ele é inteiramente eletrônico – ressaltou.
Roberto Noticia - Jornalista - DRT 4511/88
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