Wilson Braga completará 88 anos vivendo “o repouso do guerreiro”

 Na definição dos aliados mais próximos, o ex-governador Wilson Leite Braga vive, atualmente, a fase do “repouso do guerreiro”, depois de mais de meio século de atividade política na Paraíba, numa trajetória que abarcou mandatos de vereador a governador, passando por deputado federal e deputado estadual e prefeito de João Pessoa. O único mandato que ele não conquistou foi o de senador, tendo sido derrotado em duas oportunidades – a primeira, em 1986, quando perdeu para o empresário Raimundo Lira, que na época era tido como “azarão” pela crônica política; a segunda, em 2002, quando perdeu vaga para Efraim Morais, do então PFL, atual Democratas. Em 2010, Braga se elegeu ao último mandato – o de deputado estadual, tendo pendurado as chuteiras em 2014. Deixou a política-partidária por onde começou, em 1954 – a Assembleia Legislativa.

Os amigos e admiradores de Wilson já começam a se organizar para a comemoração do seu aniversário. No dia 18 de julho próximo, ele completará 88 anos de idade, distante dos palanques, das tribunas e dos bastidores políticos, mas sempre informado sobre os acontecimentos políticos, principalmente os da Paraíba. Natural de Conceição, no Vale do Piancó, filho do tabelião Francisco Braga, que exercia chefia política no município, casado com Lúcia, que foi deputada federal constituinte, deputada estadual e presidente da Fundação Social do Trabalho, que alavancou o “clã” na periferia de João Pessoa, Wilson foi egresso da Casa do Estudante da Paraíba e teve militância na União Nacional dos Estudantes, participando de congresso internacional como representante do Estado. Sua grande consagração política deu-se em 1982, quando venceu Antônio Mariz (PMDB) ao governo por uma diferença de 151 mil votos, coroando uma preparação paciente que vinha desenvolvendo para ascender ao Palácio da Redenção. Em 1990 tentou voltar ao governo estadual, mas foi derrotado em segundo turno por Ronaldo Cunha Lima, do PMDB, que recebeu o apoio do ex-deputado João Agripino Neto, então PRN mas ligado politicamente ao então governador Tarcísio Burity. Lúcia Braga, por sua vez, perdeu o governo do Estado em 1994 para Antônio Mariz numa disputa que teve momentos de equilíbrio e acirramento.

Braga sempre foi considerado um “animal político” e respeitado como líder popular, forjado no contato direto com as massas, sem ter tido o apadrinhamento de oligarquias políticas e econômicas no começo da sua trajetória. Político que disputou o maior número de eleições partidárias na Paraíba, ele é originário de uma linhagem populista, registrando passagens por partidos de coloração ideológica diversificada. Foi, por exemplo, do PSB e do PDT, mas suas raízes estão fincadas na UDN, posteriormente Arena, sucedida pelo PDS-PFL. Embora tivesse apoiado o movimento militar de 64 e tenha embarcado na aventura da pseudo-candidatura do general Sílvio Frota, da linha dura, a presidente da República, abortada pelo prestígio e comando do presidente Ernesto Geisel, Wilson Braga nunca foi bafejado com “indicação biônica” para mandatos políticos, nem a pleiteou. “Sempre disputou os votos a céu aberto, no contato direto com o povo”, depõe o procurador e jornalista Manoel Raposo, da revista “Tribuna”, que durante muito tempo atuou como fiel escudeiro de Wilson Braga nas pelejas políticas que este enfrentou.

Wilson chegou a se desentender com lideranças políticas como Ernani Sátyro, João Agripino e Tarcísio Burity, anotou traições e golpes dentro do próprio esquema político que liderava, mas foi capaz de gestos de desprendimento político, quando, por exemplo, ofereceu apoio à candidatura do senador Humberto Lucena, presidente estadual do PMDB e líder das oposições, ao governo do Estado, em 1986, como desdobramento do acordo fechado na eleição para prefeito de João Pessoa em 85, quando Braga apoiou o peemedebista Carneiro Arnaud, vitorioso, indicando como vice Cabral Batista, que era vinculado ao seu esquema político. A composição em torno de Humberto não deu certo devido a fatores externos – o PMDB acabou cedendo a vaga de candidato a governador a Tarcísio Burity, que derrotou nas urnas o senador Marcondes Gadelha. Humberto, que enfrentou problemas de saúde e chegou a ficar internado no Incor, em São Paulo, candidatou-se à reeleição ao Senado, sendo vitorioso juntamente com Raimundo Lira. Braga e Marcondes foram os grandes derrotados daquela peleja.

Político com acentuada sensibilidade voltada para os pobres, Wilson Braga é reconhecido, ainda hoje, por obras de vulto, como a deflagração do projeto “Canaã”, um conjunto de medidas destinadas a combater a estiagem e a socorrer famílias de flagelados no sertão paraibano. Também foi o mentor de Mutirões para construção de casas para pobres na periferia de João Pessoa. Ele vinha em processo de ascensão política antes de chegar ao governo. Em 1978, obteve 84.169 votos a deputado federal, contra 77.274 alcançados por Antônio Mariz. Além do mais, assenhoreou-se do comando da Arena e conquistou, em convenção, mais de 80% dos votos do diretório que presidia para ser ungido candidato a governador. Estava infiltrado, por igual, na máquina administrativa, com um séquito de correligionários em pontos estratégicos do governo paraibano.

Nonato Guedes

Deputado paraibano Frei Anastácio (PT) cochila no plenário durante sessão sobre Reforma da Previdência

 O deputado federal, Frei Anastácio (PT) não resistiu e caiu no sono durante sessão que discutia a Reforma da Previdência na Câmara Federal, nessa terça-feira (9).

O deputado foi flagrado pelo colunista Guilherme Amado, do site da Revista Época. Anastácio tem 75 anos e está no primeira mandato.

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Da Redação com Roberto Noticia  

 

“Me matem que eu me calo, se me deixarem vivo vou anunciar a prisão de vocês em breve”, diz Nilvan Ferreira

 O radialista Nilvan Ferreira, âncora do radiofônico Correio Debate, da 98,3 FM, se pronunciou no programa desta terça-feira (9), sobre as fake news que circulam a seu respeito em redes sociais, sugerindo que tivesse participação no esquema criminoso desbaratado na cidade portuária de Cabedelo pela Operação Xeque-Mate, da Polícia Federal.

“Eles pensam que podem comprar todos, mas não me compram. Não me vendo para essa gangue, o dinheiro de vocês é amaldiçoado”, disparou. “Para os que estão espalhando essas coisas na internet, a vocês eu enfrento, porque tenho uma coisa que vocês não tem, tenho credibilidade, o que sai da minha boca as pessoas acreditam”, afirmou.

Nilvan Ferreira não se resumiu apenas aos envolvidos na Operação Xeque-Mate. No desabafo, o radialista citou ainda as inúmeras perseguições políticas sofridas por jornalistas desde que o partido socialista chegou ao Palácio da Redenção e lembrou do processo movido contra ele pela deputada estadual Estela Bezerra. “Me matem que eu me calo, se me deixarem vivo vou anunciar a prisão de vocês em breve”, desabafou.

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João Azevêdo põe em xeque discurso de austeridade de Ricardo ao revelar economia de quase R$ 4 milhões com nova OS que vai administrar o Trauma

 O governador João Azevêdo (PSB), como na música ‘Tô nem aí’, de Luka, acaba de deixar o seu antecessor e padrinho político Ricardo Coutinho em maus lençóis. É que ao anunciar uma economia mensal de R$ 3,7 milhões com o novo contrato de terceirização com o Instituto Acqua, de Santo André, para administração do Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, Azevêdo terminou por reconhecer que o ‘modelo’ adotado pelo seu antecessor com a Cruz Vermelha não era nem um pouco saudável para as finanças do Estado.

 

Aliás, segundo informações do próprio governo, a intervenção no Hospital de Trauma e a posterior substituição da Cruz Vermelha pelo Instituto Acqua teria resultado numa economia de R$ 3,7 milhões. Para se ter uma idéia da cifra, o valor que daria para comprar cinco tomógrafos de última geração.

A Cruz Vermelha gaúcha, que aterrissou na Paraíba pelas mãos do  então governador Ricardo Coutinho (PSB), em 2011, e que recebeu mais R$ 1 bilhão em recursos públicos por meio de um contrato cuja vigência só foi encerrada na última semana, em meio aos desdobramentos da Operação Calvário, que colocou atrás das grades toda cúpula da Organização Social e auxiliares diretos da administração estadual, a exemplo da ex-secretária Livânia Farias (Administração), e que terminou ‘derrubando’ secretários do atual governo, como Waldson Souza (Planejamento, Gilberto Carneiro (Procuradoria) e Cláudia Veras (Saúde), tem muito a explicar as autoridades, tinha um custo de quase R$14 milhões mensais.

Agora, no contrato emergencial determinado pelo governador João Azevedo (PSB), a despesa caiu para R$ 10,2 milhões, ou seja, para prestar os mesmos serviços que a Cruz Vermelha gaúcha, a Acqua vai custar quase R$ 4 milhões a menos por mês, o que só reforça todos os  elementos apurados e publicizados até aqui pela força tarefa da Operação Calvário.

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NESTE DOMINGO - Manifestantes vão às ruas em apoio a Lava Jato em João Pessoa

 Manifestantes em defesa do ministro Sérgio Moro e da Operação Lava Jato realizam ato neste domingo (30), em João Pessoa. A ação é promovida pelo ‘Movimento Renovação Patriótica’ e promete uma caminhada e adesivagem de veículos, a concentração acontece próximo ao supermercado Pão de Açúcar na Avenida Epitácio Pessoa, no bairro de Miramar, a partir das 15 horas.

A movimentação em apoio a operação surgiu após o site The Intercept Brasil divulgar uma série de mensagens privadas que teriam sido trocadas entre o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro e o procurador da Operação Lava Jato Lava Jato, Delta Dallagnol. A matéria questiona a parcialidade do então juiz, Moro, no julgamento dos casos.

O organizador do evento, Maurício Renato, explicou que além do apoio à Lava Jato, o ato também defende outras pautas. “Além da defesa e total apoio à operação, apoiamos também, o pacote anticrime, as reformas da previdência, fiscal e tributária”, afirmou.

A organização espera cerca de 1 mil manifestantes. “Iremos todos vestidos com a camisa em defesa da Lava Jato e apoio ao Sérgio Moro. Participe, leve seu veículo para adesivar e vamos apoiar cada vez mais a maior operação de combate à corrupção do Brasil”, diz o movimento em página oficial. 

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