A diferença não está no sexo, ser homem ou mulher, usar cueca ou calcinha, de cor azul ou rosa. A diferença está no ser humano, em suas atitudes, discernimento, sua maneira de agir, pensar, em seu comprometimento com o seu semelhante.
Durante este semana um assunto tomou conta das redes sociais, por uma simples fala da ministra dos Direitos Humanos, Damaris Alves, sobre usar azul ou rosa. A cor não vai mudar o caráter ou opção sexual da criança, ou do ser humano.
Esse sim merece ser visto de com outro olhar. É preciso fazer mais, por nosso semelhante, é preciso mais atitude. Todos nós, com raríssima exceção, só olhamos para nosso umbigo. E esquecemos que tem sempre um alguém, precisando de algo mais.
Não gosto daqueles que fazem e saem falando e muito menos expondo o seu ato, mas hoje preciso partilhar um dia “diferente” dos muitos que tenho tido ao longo da minha vida com minhas duas irmãs, que são deficientes visuais.
Sei o quanto é difícil não enxergar, apenas em uma experiência vivida em um encontro de Casais com Cristo, do ECC do Valentina, pude ter a sensação, o quanto é emetrondador. Mas na vida tudo são os designíos de DEUS.
É sempre bom ver um sorriso no rosto do seu semelhante, e gratificante saber que estamos fazendo o bem a um irmão, parente, amigo, conhecido, ou seja, a uma pessoa, tornando sua vida mais digna.
Não custa nada, é apenas uma atitude, uma ação, um gesto ou uma vontade, que deve ser colocada em prática diariamente. O tempo existe, basta podermos saber administrar, não existe nada impossível quando queremos e se propõem a fazer.
Só para registrar, é muito gratificante, quando praticamos o bem. Hoje, repito, não foi diferente, quando sai em companhia de minha esposa Jaciara e minha filha Camilla, com minhas irmãs para fazer um périplo pela cidade, sem hora para chegar ou lugar para conhecer.
Tinha programado uma visita ao Shopping Mangabeira, mas de repente veio à ideia de ir mostrar o Ponto do jacaré, em Cabedelo. Local que reúnem paraibanos e turistas de todos os lugares. Foi encantador, apesar de não enxergarem, mas sinto que veem com a alma.
De volta voltamos ao shopping, como tinha prometido, jantamos, se divertimos como não se tivesse amanhã. É muito pouco, pelo que merecem e quase não saem de casa. Não importa gênero, cor, opção, o importante é ter atitude, afinal somos todos iguais perante DEUS.
É quando vamos nos comportar, sem perceber, que um irmão, (ser humano) precisa apenas de uma mão amiga?
“É possível mudar nossas vidas e a atitude daqueles que nos cercam simplesmente mudando a nós mesmos”.
Roberto Notícia
Jornalista