Por que o governador começou a sofrer seguidas derrotas no TJ, MP e TCE?

 Algo de novo está ocorrendo na relação entre o governador Ricardo Coutinho, setores do Judiciário, Ministério Público e até Tribunal de Contas do Estado. Após navegar em céu de brigadeiro, sem ser praticamente incomodado, ao longo de seu mandato, quando ganhou praticamente todas as demandas em que se envolveu, eis que trovoadas começam a ser formar no horizonte.

Judiciário – Num curto espaço de tempo, três decisões do desembargador Fred Coutinho, suspendendo a votação da LOA 2018 (Lei Orçamentária Anual), por conta da redução em repasses orçamentários decretados pelo governador contra Ministério Público, Tribunal de Justiça e Defensoria Pública, surpreenderam a praça. Foi um fato novo, sem dúvida. O governador terá de recuar, ou a crise se agrava. Também tem perdido ações para a UEPB.

Em três decisões, certamente históricas, a juíza Flávia Lins Cavalcante (1ª Vara da Fazenda) também fez o governador perder a empáfia, cumprir suas sentenças, e ainda teve uma multa aplicada em sua conta pessoal. A magistrada, certamente alertada pelo hábito do governador de descumprir decisões, primeiro se respaldou em denúncia remetida à ministra Laurita Vaz, do Superior Tribunal de Justiça.

MPPB – Poucas semanas após a posse do novo procurador-geral de Justiça, Seraphico da Nóbrega, o Ministério Público do Estado, pelo visto, deu sequência a várias investigações contra autoridades governamentais, que, aparentemente, estavam tomadas de mofo em gavetas no MPPB. A mais emblemática delas, o famoso propinoduto, cujo inquérito policial havia sofrido curiosa combustão espontânea.

TCE – Já o Tribunal de Contas do Estado, de forma também surpreendente, acompanhou decisão do conselheiro Fernando Catão e suspendeu o programa Empreender PB, após auditorias identificarem várias irregularidades que, a rigor, a rigor, deveriam ter sido flagradas desde 2014, durante as eleições, quando, segundo o Ministério Público Eleitoral, choveram ilegalidades na liberação de recursos públicos. Há inclusive uma ação que pede a cassação do governador por essas razões.

Final de mandato – Duas razões parecem explicar essa alteração na meteorologia política do Estado. A primeira delas, a mudança no comando do TJ e do Ministério Público do Estado. Depois, obviamente, o afunilamento do final de mandato do governador. A curva descendente já se iniciou, está claro. Será o momento do governador começar a colher tudo que plantou, especialmente no capítulo das perversidades.

Fora da curva – Como nem tudo são flores, a Assembleia Legislativa e o Tribunal Regional Eleitoral seguem como um ponto fora da curva. A submissão do Legislativo beira ao servilismo. O governador aprova tudo que quer, a toque de caixa quando necessário, sem enfrentar uma marola sequer. Uma situação que, aliás, reflete a relação do presidente da Casa, deputado Gervásio Filho, com o governador.

E o TRE? Bem, o TRE não é preciso dizer muito. Enquanto o contribuinte é chamado a trabalhar para pagar todas as suas contas, inclusive dos feitos eleitorais, os integrantes do Tribunal, certamente esfalfados com tantas tarefas, parecem flanar acima dos mortais, e não conseguem tempo sequer para julgar ações como essa AIJE do Empreender. Resta esperar que a História faça esse julgamento.

Helder Moura

ELEIÇÕES 2018 - Gestão à frente da Câmara de João Pessoa projeta Marcos Vinicius para voos mais altos

 A verdade é que o vereador Marcos Vinicius imprimiu uma nova dinâmica à frente da Câmara de João Pessoa. Sob sua gestão, a Casa adquiriu independência, apesar da harmonia que mantém com o Executivo e, passou a polarizar debates que há muito o Legislativo não pautava. Por fim, recuperou o prestígio da Casa, não apenas na Capital, como no Estado e até no País.

Ao longo de 2017, Marcos Vinicius implantou e modernizou sistemas que dinamizaram o funcionário da Câmara, a exemplo do aplicativo Mudamos, manteve entendimentos com autoridades do Congresso Nacional para o estabelecimento de parcerias, inclusive para capacitação de parlamentares e servidores, levou a Câmara para os bairros e, em suma, profissionalizou efetivamente o funcionamento do Legislativo.

No paralelo, Marcos Vinicius estabeleceu uma pauta nacional com personagens como a ministra Carmem Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal, e senadores como Cristovam Buarque, Paulo Paim e Cássio Cunha Lima, dentre outros, além de deputados federais e juristas de renome como Marlon Reis, o que conferiu um prestígio como há muito um presidente da Câmara não experimentava no Estado.

Na verdade, o vereador, que antes era mais conhecido pela habilidade política e o trabalho de bastidores, surpreendeu nesses primeiros meses de mandato. Fez a Câmara crescer aos olhos da opinião pública, e cresceu junto. Resultado: passou a ser peça importante para as próximas eleições, é inegável. Seja como candidato, ou apenas como eleitor, não será possível desconhecer seu peso.

Leia mais notícias no  portal www.1001noticias.com.br -http://www.1001noticiasfm.com/  http://www.1001noticias.com.br/blog/

 http://www.tv1001noticias.com.br/  no Youtube e siga nossas páginas no Facebook, no Twitter e veja nossos vídeos.

Você também pode enviar informações à Redação do Portal 1001 Noticias pelo WhatsApp (83) 9 88 66 - 50 11. 

 

Da Redação com Roberto Noticia e Helder Moura 

O moderno jornalismo chapa branca e suas estrelas. Por Paulo Nogueira

 Tradicionalmente, jornalismo chapa branca sempre significou jornalismo a favor do governo.

Mas isto em sociedades avançadas. Ou ao menos normais.

Em países dominados pela plutocracia, como é o caso do Brasil, jornalismo chapa branca é outra coisa. É um tipo de jornalismo que defende os interesses do real poder – o dos donos do dinheiro. Que ajuda a perpetuar desigualdades, privilégios e mamatas. Que trabalha a favor do atraso.

O jornalismo chapa branca é produzido torrencialmente pelas grandes empresas jornalísticas: Globo, Folha, Abril, Estadão.

Suas estrelas são colunistas, comentaristas, apresentadores, editores. São eles que recebem os holofotes, a fama, o dinheiro.

Mas são marionetes. Por trás deles estão os Marinhos, os Frias, os Civitas, os Mesquitas. São meramente executores. Não questionam; obedecem. Terão tudo de bom que a plutocracia pode oferecer a seus servidores, mas desde que façam o que ela quer.

Eles não governistas ou oposicionistas. São simplesmente patronais.

Os jornalistas chapa branca raras vezes têm problemas de consciência. Cinismo é um atributo essencial de sua personalidade.

Você não tem espaço nas redações de hoje se não for chapa branca. Não existe um só diretor de redação de jornal, revista, telejornal ou o que for que não seja chapa branca.

E eles se protegem e se reproduzem. O diretor se cerca de editores iguais a ele. Os editores, de repórteres iguais a eles. Até os contínuos são chapas brancas.

Se você não é, vira um pária na redação. E vai embora. Um jornalista independente sabe que um furo só será aceito se for contra os inimigos dos patrões.

Você tem uma denúncia espetacular sobre Aécio? Não adianta. Isso vai complicar sua vida na redação, em vez de melhorá-la. Você será visto como um cara perigoso, mesmo que as provas sejam devastadoras.

Você está disposto a assinar um texto que assassine Lula, mesmo sabendo que a base dele sejam mentiras? Sua carreira vai decolar. Seu negócio não é exatamente fazer jornalismo: é fazer propaganda contra os que incomodam a plutocracia.

A Veja inaugurou a moderna era do jornalismo chapa branca ao se transformar num panfleto plutocrático assim que Lula chegou ao poder.

Os pioneiros da nova ordem vieram exatamente da Veja: Reinaldo Azevedo e Diogo Mainardi. Azevedo gosta de dizer que escreve o que quer. Sim, desde que o que ele queira se ajuste aos desígnios dos plutocratas que lhe pagam. Aos dois posteriormente se juntariam  Marco Antônio Villa, Augusto Nunes, Ricardo Setti e tantos outros.

A Globo tem um elenco numeroso de chapas brancas: aos veteranos como Merval, Kamel, Míriam Leitão, William Waack, Noblat e Jabor, se juntaram, nos últimos anos, nomes novos como Diego Escosteguy e Erick Bretas. As mulheres estão bem representadas entre as vozes da plutocracia: Eliane Cantanhede, Dora Kramer, Rachel Scheherazade, Mônica Waldwogel, para citar algumas.

Todos eles, veteranos e novatos, homens e mulheres, serão encarados pela posteridade como aberrações do jornalismo. Muitos sabem disso, mas nada os deterá. Os chapas brancas estão preocupados não com o futuro, com seu papel na história – mas com as recompensas materiais que sua falta de caráter e de decência lhes traz.

Leia mais notícias no  portal www.1001noticias.com.br -http://www.1001noticiasfm.com/  http://www.1001noticias.com.br/blog/

 http://www.tv1001noticias.com.br/  no Youtube e siga nossas páginas no Facebook, no Twitter e veja nossos vídeos.

Você também pode enviar informações à Redação do Portal 1001 Noticias pelo WhatsApp (83) 9 88 66 - 50 11. 

Da Redação com Roberto Noticia e Paulo Nogueira

 

CONTRADIÇÃO: Após incentivar saída da Assembleia do Centro de JP, RC “comemora” preservação do patrimônio histórico

 No melhor estilo “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”, o governador Ricardo Coutinho compareceu ao evento de inauguração do Centro Administrativo da Assembleia Legislativa e fez um discurso bonito pela preservação do patrimônio histórico:

“Hoje é um dia muito importante. Política tem que servir para isso, procurando fazer com que a gente contribua com alguma coisa. Estou muito feliz por poder contribuir com a história de João Pessoa nesse momento, reabrindo as portas do Paraíba Palace definitivamente. Espero que sirva de exemplo para as autoridades para que se possa preservar o nosso patrimônio histórico”, disse Ricardo.

O problema é que meses atrás o governador Ricardo Coutinho doou o prédio do antigo Paraiban, na Epitácio Pessoa, e garantiu um “extra” no orçamento para que a Assembleia saísse do Centro Histórico, indo na contramão do seu discurso de preservação do patrimônio histórico.

A pressão popular foi responsável pela permanência da sede da ALPB no Centro. À época, o prefeito Luciano Cartaxo também se posicionou contra a mudança para a Epitácio.

Mas RC é assim mesmo, uma biruta de aeroporto…

Leia mais notícias no  portal www.1001noticias.com.br -http://www.1001noticiasfm.com/  http://www.1001noticias.com.br/blog/

 http://www.tv1001noticias.com.br/  no Youtube e siga nossas páginas no Facebook, no Twitter e veja nossos vídeos.

Você também pode enviar informações à Redação do Portal 1001 Noticias pelo WhatsApp (83) 9 88 66 - 50 11. 

 

Da Redação com Roberto Noticia e Alan Kardec

ESQUENTAI VOSSOS PANDEIROS

 A legitimidade da origem do samba será sempre um tema a ser discutido, porquanto há controvérsias entre os estudiosos. Mas em sua grande maioria, pesquisadores relatam que o samba nasceu há mais ou menos cem anos, e cujos antepassados sem indicar dentro de uma ordem cronológica, são os cantos africanos, lundu, o batuque, o jongo ou caxambu. E no Brasil trazem-nos o registro de uma desmedida mistura de ritmos e tradições, cujas origens provem dos antigos batuques trazidos pelos africanos que vieram como escravos para o Brasil.

Entre tantas polêmicas, cremos, pois, que a música “Pelo Telefone”, composta por Ernesto Joaquim Maria dos Santos, conhecido popularmente por Donga, apesar de alguns especialistas contrariarem essa afirmação de forma contundente, no sentido de que a letra dessa canção seria do jornalista Mauro de Almeida, é considerado o primeiro samba a ser gravado no Brasil, segundo a maioria dos estudiosos, e a partir dos registros existentes na Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro, onde ali há um relato de que foi o sucesso do Carnaval de 1917. “Pelo Telefone” então, é de fato, a estréia do gênero, apesar de entendermos que se trata de um maxixe.

Nota-se pela letra de “Pelo telefone” a primeira delação premiada da corrupção no Rio de Janeiro, pois as armações do chefe de polícia foram denunciadas, a despeito de Donga, em depoimento no Museu da Imagem e do Som, ter dito que a letra original é “o chefe da folia”, onde se conclui que qualquer semelhança com os dias de hoje não é mera coincidência.

Se fictício ou real, não se sabe ao certo, mas é consenso o fato de que foi no balneário de São Sebastião, região central do Rio, que o samba evoluiu de forma brilhante, sob o comando das Tias Baianas.

E Zé Kéti, cantaria mais tarde: “Eu sou o samba/Sou natural daqui do Rio de Janeiro/ Sou eu quem levo a alegria/ Para milhões de corações brasileiros.” 

Por mais que a nossa historiografia os tenha desprezado, os negros baianos radicados no Rio principiaram novos costumes, hábitos, e valores que inspiraram a cultura carioca, a exemplo do samba.   

E a permanência do samba no cenário, dá-se porque ele traz em sua substância a dor da alma africana e o dom antagônico de produzir alegria.

“O samba é o cidadão que move musicalmente o Brasil. Humilde, a ele bastam um cavaquinho, um pandeiro, um tamborim e um intérprete. Ele se sujeita a tudo, já correu da polícia, enfrentou o preconceito da alta sociedade, mas sempre tem alguém para lhe acudir”.

Quem assim define o samba é o axiomático Nelson Sargento, uma das mais altas patentes do gênero, que com sensibilidade de poeta compôs um vaticínio em forma de clássico: “Samba, agoniza, mas não morre, alguém sempre te socorre antes do suspiro derradeiro”. 

O fato é que o samba é considerado por muitos críticos de música popular, artistas, historiadores e cientistas sociais como o mais original dos gêneros musicais brasileiros ou o gênero musical tipicamente brasileiro. 

Brasil esquentai vossos pandeiros.