Pós 7 de setembro: repercussão e reações, vento e tempestade

 Era natural que os atos de protestos comandados pelo presidente Jair Bolsonaro nesta terça-feira, 7 de setembro, tivessem repercussão. Talvez não se imaginasse que viesse no plural, como acabou ocorrendo durante toda a quarta-feira, e numa avalanche de reprovação ao presidente. 

Na verdade, as reações começaram ainda na terça-feira à noite, com dois importantes partidos políticos – PSDB e PSD – anunciando reuniões ou a criação de comissão para discutir a adesão ao impeachment. 

Na sequência, outras legendas também abriram discussão sobre a possibilidade de apoiar o pedido de impeachment do presidente. Foram o Solidariedade, MDB e o PDT.

O PSL e o DEM, partidos da direita, repudiaram o tom do discurso de Bolsonaro e o PL mandou avisar que entregará os cargos se os ataques às instituições não cessarem. 

A avaliação generalizada é que o presidente Jair Bolsonaro passou dos limites em seu ataque ao ministro Alexandre de Moraes (STF), contra o próprio Supremo e exagerou na perspectiva antidemocrática ao afirmar que não cumpriria algumas decisões da Justiça. 

A insistência na condenação ao voto eletrônico também foi tomada como um ataque à democracia. 

O discurso de Bolsonaro na Avenida Paulista, em São Paulo, foi avaliado como crime de responsabilidade por diversos juristas. Acabou virando mote de articulação para apresentação de novo pedido de impeachment. Mais de 10 partidos já discutem o assunto, com a nova fundamentação jurídica. 

O tom do discurso presidencial foi condenado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. O presidente da Câmara, Arthur Lira, condenou a parte sobre as urnas eletrônicas e o radicalismo político, e até o procurador-geral, Augusto Aras, pediu moderação.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) fez um pronunciamento incisivo em defesa do Poder Judiciário. Disse que ninguém derrubará o Supremo e que os ministros o sustentarão em pé. Sem citar nomes, fez referência ao suposto crime de responsabilidade cometido por Bolsonaro e remeteu ao Congresso a oportunidade do julgamento.

No mercado financeiro, a bolsa caiu e o dólar disparou. 

Não resta a menor dúvida de que a grandeza dos atos que tanto agradou ao bolsonarismo tiveram efeito contrário e parecem ter isolado cada vez mais o presidente politicamente. 

A favor

No dia seguinte, a favor do presidente, com repercussão, registre-se a permanência de um grupo de caminhoneiros na Esplanada dos Ministérios em Brasília querendo entrar no Senado pela pedir o impeachment dos 11 ministros do STF e o bloqueio de rodovias em 14 Estados por caminhoneiros. 

Já se fala numa greve de caminhoneiros e em desabastecimento de combustíveis. O problema é que se o país paralisar e a economia for afetada, o governo pode também ser afetado.

Além da intervenção da Polícia Rodoviária, o governo está garantindo que não haverá desabastecimento e o presidente da maior entidade de caminhoneiros, disse que impeachment de ministros não é pauta da categoria.

Vento e tempestade

A ressaca do Dia da Independência dá plena razão à sabedoria popular segundo a qual “quem semeia vento colhe tempestade”.

Por Josival Pereira

Líderes do nosso País não se lembram de cobrar o fim dos “Penduricalhos” e só “pensa” no povo para falar de crise

 O amanhã depois das manifestações populares de 7 de setembro. Foi criada uma expectativa para os discursos do Presidente da Câmara Federal  Arthur Lira (PP-AL) e do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux e do Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que se pronunciou ontem em tom moderado.  Hoje o deputado Arthur Lima, falou que que Câmara é ‘motor de pacificação’ entre Planalto e STF. Já o presidente do STF, ministroLuiz Fux, em pronunciamento disse que a “ninguém fechará” a Corte e que o desprezo a decisões judiciais por parte de chefe de qualquer poder configura crime de responsabilidade.

 

Supersalários refletem desigualdade social

 

Dos 11 ministros do STF, só três recebem abaixo do teto  Fonte: STF
Dos 11 ministros do STF, só três recebem abaixo do teto Fonte: STF

 Resumo da Ópera. Todos jogaram para galera em seus discursos, o ministro Luiz Fux disse o seguinte: conclamo os líderes do nosso país a que se dediquem aos problemas reais que assolam o nosso povo: a pandemia, que ainda não acabou e já levou para o túmulo mais de 580 mil vidas brasileiras, e levou a dor a estes familiares que perderam entes queridos; devemos nos preocupar com o desemprego, que conduz o cidadão ao limite da sobrevivência biológica; nos preocupar com a inflação, que corrói a renda dos mais pobres; e a crise hídrica, que se avizinha e que ameaça a nossa retomada econômica.

Para quem vive no Brasil com inúmeros problemas sabe muito bem que o Presidente do STF, Luiz Fuz se esqueceu de falar em seu discurso como os demais membros do poder Executivo, Judiciário e Legislativo, que estes manifestantes que foram as ruas ontem, 7 de setembro também cobram o fim da “farra” com o dinheiro público do cidadão que paga imposto neste País.

Os líderes do nosso país não se lembraram de cobrar o fim dos Penduricalhos em todas as esferas, seja no Executivo, Legislativo e Judiciário.

Existe protocolada na Câmara Federal uma PEC do deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB) que protocolou na Câmara dos Deputados a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 147/2019, conhecida como ‘PEC dos Penduricalhos’, que recebeu 173 assinaturas de parlamentares. Eram necessárias 171 assinaturas. A proposta altera artigo 37 da Constituição Federal e prevê o fim dos auxílios creche, mudança, livro, saúde, alimentação ou qualquer outro para quem recebe mais de 1/4 do salário do ministro do Supremo Tribunal Federal (aproximadamente R$ 10 mil). A matéria precisa passar pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) e sendo aprovada a admissibilidade, segue para a Comissão Especial.

Tratados como seguro para garantir a independência e a probidade da Justiça, os benefícios dos juízes brasileiros custam muito aos cofres públicos. Fora os salários, que acabam de aumentar R$ 16,3%, cada um dos 18 mil magistrados do país recebe em média aproximadamente R$ 20 mil mensais com os mais variados penduricalhos para suavizar as despesas com casa, comida e escola dos filhos.

Poupados da reforma administrativa, juízes e promotores públicos gozam das maiores regalias salariais, com direito a auxílios, subsídios e privilégios. Neste momento de crise do Brasil os que defendem a Democracia e são contra as manifestações antidemocráticas esquecem-se de fazer a sua parte, que é acabarem com os privilégios e os mais variados penduricalhos.

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Fux reage à ameaça de Bolsonaro: “Ninguém fechará o Supremo”

 O ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal, afirmou nesta quarta-feira, 8, que “ninguém fechará” a Corte e que o desprezo a decisões judiciais por parte do chefe de qualquer poder configura crime de responsabilidade. A fala de Fux ocorre no dia seguinte ao discurso do presidente da República, Jair Bolsonaro, que, na terça-feira, 7, durante manifestação em favor do governo e de pautas antidemocráticas, fez ameaças golpistas e declarou que não vai mais cumprir decisões do ministro do STF Alexandre de Moraes.

Moraes é responsável pelo inquérito que investiga o financiamento e organização de atos contra as instituições e a democracia. Bolsonaro e aliados dele são investigados nesse inquérito e Moraes chegou a determinar a prisão de apoiadores do presidente. Em seu discurso, ontem, na manifestação verificada em São Paulo, Bolsonaro defendeu o “enquadramento” de Alexandre de Moraes. O ministro-presidente da Corte, porém, rebateu: “Este Supremo Tribunal Federal jamais aceitará ameaças à sua independência nem intimidações ao exercício regular de suas funções. Ninguém fechará esta Corte. Nós a manteremos de pé, com suor e perseverança”.

Luiz Fux também defendeu que “ofender a honra dos Ministros, incitar a população a propagar discursos de ódio contra a instituição do Supremo Tribunal Federal e incentivar o descumprimento de decisões judiciais são práticas antidemocráticas e ilícitas, que não podemos tolerar em respeito ao juramento constitucional que fizemos ao assumir uma cadeira na Corte”. E acrescentou: “Se o desprezo às decisões judiciais ocorre por iniciativa do chefe de qualquer dos poderes, essa atitude, além de representar atentado à democracia, configura crime de responsabilidade, a ser analisado pelo Congresso Nacional”. Frisou: “O Supremo Tribunal Federal também não tolerará ameaças à autoridade de suas decisões”.

Fux pediu que os brasileiros se atentem aos “falsos profetas do patriotismo, que ignoram que democracias verdadeiras não admitem que se coloque o povo contra o povo, ou o povo contra as suas próprias instituições”. Na sequência: “Todos sabemos que quem promove o discurso do “nós contra eles” não propaga democracia, mas a política do caos. Povo brasileiro, não caia na tentação das narrativas fáceis e messiânicas que criam falsos inimigos da nação”. Ainda conforme Fux, o “verdadeiro patriota não fecha os olhos para os problemas reais e urgentes do Brasil. Pelo contrário, procura enfrentá-los, tal como um incansável artesão, tecendo consensos mínimos entre os grupos que naturalmente pensam diferentes”. Fux declarou também que “num ambiente político maduro, questionamentos às decisões judiciais devem ser realizados não através da desobediência, não através da desordem, e não através do caos provocado, mas decerto pelos recursos que são as vias processuais próprias”.

Após a fala de Fux, o procurador-geral da República, Augusto Aras, que também estava presente à sessão da Corte, afirmou, sem citar Bolsonaro, que “a voz das instituições também é voz da liberdade” e que “discordâncias, sejam políticas ou processuais, hão de ser tratadas respeitando o devido processo legal e constitucional”. Aras disse que os protestos de 7 de Setembro foram “uma festa cívica com manifestações pacíficas, que ocorreram hegemonicamente de forma ordeira pelas vias públicas do Brasil”. Ainda: “Foram uma expressão de uma sociedade plural e aberta, característica do regime democrático. Após longo período em distanciamento social, a vacinação já possibilita que manifestantes se reúnam. A voz da rua é a voz da liberdade do povo”. Juristas ouvidos pela TV Globo afirmaram que o presidente Jair Bolsonaro cometeu crime de responsabilidade ao afrontar princípios constitucionais, como ao dizer que não vai cumprir decisões do ministro Alexandre de Moraes.

 

Nonato Guedes

Jornalista

MANIFESTAÇÕES DE 7 DE SETEMBRO - Amanhã pode acontecer tudo, inclusive nada

 Para quem pensava que o presidente Jair Bolsonaro tinha perdido sua força. Hoje teve que mudar de opinião ou não? O povo saiu às ruas neste dia 7 de setembro a acendeu novamente a chama do “Bolsonarismo” por todos os lugares do Brasil. São inúmeras as interpetrações, os favoráveis ao presidente, estão comemorando, os contra ficaram de orelha em pé, pelo que viram.

O Jornal Nacional passou 10 minutos tentando justificar as manifestações. As pesquisas indicam que Bolsonaro não tem apoio da população. Os que foram para as ruas representam grande parte de eleitores de Bolsonaro e não a maioria da população.

 

As manifestações convocadas para hoje em favor do governo foi um teste decisivo para o futuro do presidente Jair Bolsonaro. Com a popularidade não tão alta, refém do Centrão no Congresso Nacional e pressionado pelo fraco desempenho da economia, o capitão reformado  mostrou que tem respaldo popular para manter as críticas ao Judiciário e defender o que bolsonaristas entendem por liberdade de expressão. 

 

O apoio das ruas é a cartada de Bolsonaro para virar o jogo e mostrar que ainda tem força política. Mas são grandes os obstáculos que se acumulam à frente do chefe do Planalto. Ainda que tenha o respaldo de apoiadores para uma guinada mais radical.

Bolsonaro aposta forte no teste das ruas. Estimulado pelo povo nas ruas, o presidente confia em seus adeptos para manter as investidas contra o Judiciário e ganhar fôlego político até 2022. Enquanto os mais céticos avaliam que os problemas do governo vão continuar, aliados acreditam em hora da virada.

As manifestações de 7 de setembro na Esplanada dos Ministérios, região central de Brasília, dividem opiniões. Mesmo depois que o ato em apoio a Bolsonaro foi encerrado, internautas seguem em discussão para saber se o movimento fracassou ou foi um sucesso. Isto vai continuar por muito tempo.

Os apoiadoras do presidente Bolsonaro foram ao Twitter para comemorar e argumentar o que foi o 7 de setembro no Brasil Segundo eles, a Esplanada estava realmente lotada e a manifestação em apoio ao governo, contrária ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao sistema eleitoral, foi um sucesso.

O ato a favor do presidente Jair Bolsonaro neste 7 de Setembro reuniu pessoas de todo o país em Brasília e outras cidades do Brasil. Desde o fim de semana caravanas chegaram à capital. A Polícia Militar e os organizadores não divulgaram estimativa de público. Porém, nas redes sociais, opositores do governo apontam que público nos movimentos foi muito abaixo do que o esperado.

 No contexto de instabilidade política e crise institucional, o feriado de 7 de Setembro deixa de lado as comemorações pela Independência do Brasil para dar lugar a manifestações populares lideradas por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro e por opositores ao chefe do Executivo. Capitais de todo o país registraram atos nesta terça-feira.

Conclusão de tudo que aconteceu neste dia 7 de setembro. “O povo na rua jamais será vencido”. Amanhã pode acontecer tudo, inclusive nada. Se avexe não. A lagarta rasteja até o dia em que cria asas. Se avexe não...

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OPINIÃO - Chore em casa, rede Globo; o povo brasileiro não é criança

 Por Adrilles Jorge

Derrocada do jornalismo da emissora nasce na pretensão de querer ser babá social e moral do espectador, editando o que ele deve ver, consumir, e surrupiando e invertendo os fatos

Jornalismo é interpretação do mundo embalada na percepção do jornalista e sua leitura dos fatos. Simples assim. Expor os fatos, mostrá-los, escolher os que devem ser exibidos é editar a realidade. Não há realidade bruta. Há angulação da realidade editada pelo olhar de quem observa e edita a realidade. Isto não significa dar lição de moral sobre como o espectador deve reagir, viver, se comportar. A arte, a literatura e até o jornalismo podem ser didáticos quando humildemente expõem uma percepção da realidade, com suas ambiguidades e complexidades.

Sem querer impor goela abaixo do leitor/espectador uma visão única de mundo e de como viver. “Fique em casa”, berrava o jornalismo da Globo no ano passado. Não saia. Não se movimente. Sua liberdade de ir e vir pode matar. Sua liberdade de vida pode matar. Colou para a maioria. Durante um ano, baseando-se em pretensa ciência, pessoas abdicaram de viver. Nenhum resultado satisfatório provou que isto salvou alguma vida, como prometido. Ceifou a liberdade de viver e de trabalhar. Não a dos jornalistas da Globo, que seguiram com seu trabalho essencial para eles mesmos, vivendo os riscos de viver — que eles guardaram só para eles mesmos.

O mandamento moral jornalístico piorou mais com a guerra política contra um presidente que priorizava o trabalho e a liberdade, além do risco de viver. Duelo de percepções de vida. Um militar que mandava enfrentar os riscos numa guerra contra um vírus e uma emissora que mandava se esconder do vírus — que penetrava em transportes e periferias lotadas por eventuais “trabalhadores essenciais”, nos lares de quem ficou em casa — e foi contaminado — em casa. Países que mais mandaram ficar em casa tiveram números maiores dos que não ficaram, na maior parte dos casos. Duelo de percepção de vida. Mas a Globo acreditava que falava em nome dos fatos, da realidade, do jornalismo, da ciência. 

A Globo errou. Errou sobretudo em tratar a apuração da realidade com lição de moral. Lição esgotada em seu erro fatal. O que as pessoas suportam cada vez menos é uma certa mania jornalística de transformar apuração em lição de moral de como se deve comportar, agir, como se deve emocionar, viver, deixar de viver.

Apuração dos fatos virou didática da realidade para o jornalismo da Globo e em grande medida para a maior parte do jornalismo da grande mídia. Jornalistas querem ensinar o que pensar, com o que se emocionar, com quais fatos se preocupar. Escrever, pesquisar sobre a realidade é dialogar com quem lê, não impor uma realidade editada por convicção narcisista. Jornalistas da Globo e da grande mídia parecem crer que o espectador seja uma criança que deva ser levado pela mão à interpretação social, ideológica e política da realidade que ele, jornalista, aprendeu — errado — em faculdades ideologicamente doutrinadoras de comunicação ou na própria redação de jornal.

A Globo errou. Erro feio. Tem errado feio não só na campanha do “fique em casa”, como nesta guerrilha ideóloga estúpida contra o governo federal. Faz ilações sobre o assassinato de Marielle Franco e o presidente, esconde manifestações populares de apoio a Jair Bolsonaro, responsabiliza ele por mortes por Covid-19 por não ter “ficado em casa”, chama de antidemocráticos atos de pessoas que se insurgem contra atos antidemocráticos do STF, endossa prisões arbitrárias de pessoas que criticam juízes tiranos, embarca num tipo de propaganda de pseudo progressismo identitário que chama indiscriminadamente pessoas de racistas, homofóbicas e machistas por serem meramente conservadoras. Fecha os olhos para a humilhação de cientistas, mulheres massacradas por corruptos notórios, inocentes que tem sigilos bancários abertos em investigação promovida por corruptos notórios pelo único objetivo de demonizar um presidente.

A Globo se transformou num órgão de militância política comportamental contra o que ela crê ser autoritário, reacionário, fascista. A Globo se transformou num juiz moral injusto que não enxerga a própria injustiça e erro. Como um ministro que compõe nosso STF atual. Recebe, por óbvio, críticas acerbas de diversas fatias da sociedade por ter trocado um jornalismo que busca triangular, apurar os fatos, dialogando com o espectador sobre a realidade, por um ativismo militante moral e social. Agora, numa campanha narcísica, chora as pitangas por se crer vítima de disseminadores de fake news. Fake news, segundo a Globo, seria tudo que não se coaduna com as teorias lançadas por ela de como se comportar e ler a realidade, a ciência, a vida, a presidência, a justiça. Fake news, segundo a Globo, é não viver e pensar como a Globo quer que você viva e pense. 

Agora, lançam uma campanha dizendo como jornalistas da emissora são humanos, e compartilham a intimidade dos profissionais com suas famílias. De como são mártires sociais que sofrem as pedradas de quem não comunga com sua visão de mundo. Agora, o ego, o narcisismo ferido do jornalista da Globo é a notícia. Nada mais tradutor da egolatria da rede Globo que trocou o jornalismo por um didática ególatra da moral social. 

A derrocada do jornalismo da Globo nasce na pretensão do jornalista que quer ser babá social e moral do espectador, editando o que ele deve ver, consumir, qual ângulo da notícia, surrupiando e invertendo os fatos, como deve se comover. Nenhum cidadão suporta ser tratado como criança. A Globo faz pior: virou uma babá vitimista ressentida com a contrariedade de quem ousa não ser tratado como criança. O povo brasileiro não é criança, rede Globo. O povo sai às ruas para trabalhar, viver, se arriscar, pensar e agir por conta própria. O povo brasileiro não vai chorar por seu narcisismo contrariado. Chore em casa, rede Globo. Não na nossa casa.