Passou o carnaval e o governo Bolsonaro ainda não se deu conta do seu caráter parasitário e da sua desordem nadacondizente com o quesito administrar, pois até o momento só se vê bate-boca entre o pai presidente e os filhos parlamentares. Essa falta de ar puro, de muita afobação e disse-me-disse, vai custar caro.
Até o ex-presidente Fernando Henrique Cardosodisse com toda a fala que “todo início de governo é desordenado, mas o atual está abusando”. Segundo FHC, os familiares do presidente não podem colocar “lenha na fogueira”, pois o fogo afeta o país.
Ora, o filho mais velho Flávio Bolsonaro não tem nenhuma moral para se utilizar de ataques infundados, cujo objetivo precípuo é o de gerar notícias sensacionalistas, pois precisa mesmo é explicar sobre o escândalo de seu assessor Fabrício Queiroz, após o Coaf descobrir movimentações atípicas em suas contas; O Eduardo Bolsonaro, irrelevante como parlamentar, mas bom de ofensa,disse em bom som que para fechar o STF basta um cabo e um soldado, no que obrigou o Messias a pedir desculpas à Suprema Corte. Já o Flávio Bolsonaro chamou o ministro Gustavo Bebianno de mentiroso.
Sem esquecer de alguns ministros, que vem causando vexames:
O escolhido para o cargo de ministro da Educação, o filósofo colombiano Ricardo Vélez Rodríguez, que é um ferrenho crítico das idéias do pernambucano Paulo Freire, chamou os brasileiros de ladrões e disse que eles roubam até hotéis quando viajam ao exterior: O brasileiro viajando é um canibal. Rouba coisas dos hotéis, rouba assento salva-vidas do avião; ele acha que sai de casa e pode carregar tudo. Esqueceu essa autoridade, que a terra dele é conhecida no mundo inteiro, apenas em razão do tráfico de drogas.
O ministro disse ainda que vai acabar com as cotas e com a universidade pública; E ainda tem aquela estória de cantar o hino nacional nas escolas, pedir autorização dos pais para que seus filhos sejam filmados, e ao final pronunciar o slogan de campanha do seu Jair. E só não conseguiu porque seu abuso de poder foi alvo de denúncia.
A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, disse num vídeo que viralizou nas redes sociais, ter visto Jesus subindo numa goiabeira, e que “meninos vestem azul e meninas vestem rosa”. Ou seja, a ministra de Bolsonaro virou meme na internet.
Outro desconhece personagens importantes da História do Brasil, quando não soube dizer quem foi Chico Mendes.
E o pior: há quem outorgue a responsabilidade dos erros desse governo aos filhinhos do presidente, na tentativa de eximí-lo. Mas afinal, quem é o Chefe? Não é à toa que o vice Hamilton Mourão andou falando por aí que o “presidente vai botar ordem na rapaziada”. Só não se sabe quem vai botar ordem no presidente né Mourão!
Prá completar o firo, vem os áudios das conversas entre o presidente Jair Bolsonaro com o Gustavo Bebianno, onde o presidente se utiliza de desculpas desprovidas de lógica para demitir o ex-ministro, usando inclusive os filhos para criar um clima adequado.
O fato é que, há uma crise política e administrativa nas hostes palacianas, e com isso, governar que é bom, nada.
E essa última atitude do presidente em postar um vídeo em rede social com cenas em que o tweet considerou como de “conteúdo sensível”, e que gerou revolta entre internautas, foge dos termos da instituição presidência da República.
Parece que o governo ainda não tomou posse, pois ainda está vivendo e aprendendo a jogar.
Por Demétrius Faustino